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A mostrar mensagens de maio, 2011

Em paz

Não permitas que me esgote, assim. Em ti, mas pouco aqui. Sei-te, conheço-te, quero-te. Mas, ainda assim, acedo a esgotar-me. Permite-me conhecer-me como plena, profunda, real. Concreta. E em paz. Deixa-me em paz. Na companhia. Na intensidade. Na presença. Na requisição. E em paz.
Eu sei porque é que aceito escrever e publicar as minhas falhas e limitações. Porque aqui ficam quietificadas. E porque aqui, embora não estejam escondidas, são estanques no tempo e não se perpetuam indefinidamente. Crueza no que quero e no que tenho. Sem medos e sem certezas.

Organização mental

O tempo passa e a organização mental não vem. A organização mental não é uma propriedade intrínseca que o tempo traz consigo. Não nos organizamos só por ver o tempo a passar. É preciso que se parta de um esforço consciente e consequente. Temos que procurar sanear a vida, as ideias, o profundo que há em nós, que nos ocupa e nos preocupa. A organização mental é claramente o resultado de um processo. Não um acontecimento. Não estou mentalmente organizada. Já chega de coisas para fazer. E para pensar. E para dizer.
Como é que é possível? Reduzir tudo o que existe, de profundo e de concreto segundo as aparências? Arranjar desculpas para aquilo que existe de mais dramático e profundo? Não compactuo com isso.