__Sonoridades_Momentâneas__

O mundo. Ardente. Hoje. Minha única função no mundo é sentar o corpo numa cadeira, e percorrer com os olhos e com a mente linhas de letras, pretas no branco. Memorizar, saber, aprender, problematizar. Organizar, redigir. Digerir. Minha única função no mundo.

Ainda que eu não cumpra nada segundo os teus desígnios, tudo é, ainda assim, cumprido segundo os teus desígnios. Este mundo é meu e é teu. Este mundo é o sítio para brincar a viver segundo a liberdade. Fazer uma ou outra experiência de vida, por si só, não nos aproxima mais de nada. Sinto-me quase compelida a escolher o mesmo rumo vez após vez. Sinto o dever. E cumpro, com alegria, com felicidade, com bem-estar. Mas às vezes cedo. É difícil manter-me "por sendas direitas". É difícil escolher sempre sentar-me na tua sombra. Procuro, às vezes, também, outras coisas do mundo real. E faço a experiência dolorosa do não-ti. A experiência humana libertadora do não-ti, sabendo que a experiência de ti é mais quente e mais pulsátil (ou mais agreste e mais dura, também). Em tudo há uma escolha. Em tudo me é dado definir a maior verdade minha, de acordo com aquilo que me fizer sentir realizada. Em tudo sou. Em tudo defino como sou e quem sou. Em tudo posso amar-me, de novo. Q

How do you do? How does it feel to be so high And are you happy? Do you ever cry? ... I sometimes cry ... You've made mistakes Well that's OK 'cause we all have But if I forgive yours Will you forgive mine?

Tens que estudar, mesmo quando não apetece. Ao nível superior, deves estudar, mesmo quando ao ego não apetece. Podes escolher apegar-te às coisas do mundo, mas sabes que no instante que quiseres estudar, podes e deves fazê-lo. Ao nível superior, deves estudar, mesmo quando ao ego não apetece.

Usa tudo isto para aprenderes sobre a Vida, e sobre as suas pulsões, e sobre os seus movimentos íntimos. Quando te quiseres relacionar com Deus, fá-lo como sempre fizeste. Não incorpores estas teorias na Tua relação com Deus, essa é única, é óptima, já foi testada e experienciada. E é esse o teu canal de comunicação, não há novidades na forma de aproximação e na forma de contacto, qualquer que seja o momento da Vida. Estas teorias não são oração. Não são contacto, não são aproximação. Estas teorias são compreensão, racional, com palavras, de um mundo no qual existes e que te rodeia. Que não se perturbe teu coração e tua vida com a entrada de novas informações. Existes como ser completo, que não pode criar outros canais de comunicação com o divino, mas que pode crescer na compreensão e no modo como conhece o mundo e as suas particularidades.  Crescimento do ser, mas a oração mantém-se. Sê fiel.

A consciência sem escolha não é desistir daquilo que queremos. É sim mudar a orntação da nossa lealdade, afastando-a daquilo que o ego quer, e aproximando-a daquilo que Deus deseja. Na consciência sem escolha, deixamo-la tomar todas as decisões. Por outras palavras, o que queremos é também o melhor que poderíamos querer. Apenas a consciência sem escolha põe fim ao conflito entre o desejo e a necessidade, pois quando se alcança este nível de consciência, aquilo que queremos é também aquilo que precisamos de fazer, para nosso bem e para o bem de todo o mundo. O ego existe apenas para uma razão, acumular. O ego quer mais. A maquinaria está fixa; ela funciona segundo um programa estabelecido que é praticamente impossível de reescrever. Os desejos do ego são superficiais. O nosso "Eu" verdadeiro não tem ego. Não almeja o ganho; não receia a perda. Felizmente, há outra forma de ver o mundo, a partir da integralidade. À medida que o domínio do ego enfraquece, dá-se uma fusão s

No outro dia fui surpreendida, relembraram-me deste conceito. O conceito de mestria. dominar a sua vida ao ponto de prever as suas próprias acçoes e desejos. Conhecer-se tão equilibradamente ao ponto de conseguir saber como se vai reagir e como se vai conseguir (ou não) apoiar o outro que nos acompanha. A mestria. Aquilo a que podemos aspirar alcançar. Sentir a vida com o coração, livremente, sendo constante nas motivações e nas mobilizações internas. Adoro. Ainda que nem sempre queira ser constante ou previsível, esse conceito fascina-me.

Uma vez que nos sentimos seguros, sabemos que nos assiste o direito de estar aqui. Porem, demodo ao sentido de real pertença ser real devemos sentir-nos amados. O amor é a garantia que somos apreciados. O seu oposto, que muitas pessoas sentem, é sermos uma partícula aleatória que anda aos trombos num mundo caótico. Para fugir do medo, não resultará confiar no amor de Deus, pois trata-se de uma escolha intelectual, a qual é sempre passível de dúvida, ou de uma escolha emocional, a qual está sempre aberta à dor. Enquanto pudermos duvidar ou sentir dor, o amor divino parecerá naturalmente indigno de confiança. Na consciência, todavia, podemos experimentar o fluxo de amor divino como força constante e não como capricho individual da divindade. A beatitude não se perde ou ganha. Ela está embutida na Natureza da consciência. A beatitude , na sua forma mais pura, é êxtase , alegria , arrebatamento . Então, a consciência revela-se de não-manifesta e invisível a manifesta e vis

Vivemos perto da fonte de Consciência quando o seguinte é verdadeiro: > Estamos em paz. > Não podemos ser expulsos do nosso centro. > Conhecemo-nos a nós próprios. > Sentimos empatia sem criticarmos. > Vemo-nos como parte do todo. > Não estamos no mundo. O mundo está em nós. > As nossas acções beneficiam-nos espontaneamente. > Os nossos desejos manifestam-se com facilidade, sem fricção nem conflito. > Podemos agir intensamente com desapego. > Não fazemos investimentos pessoas em qualquer desfecho. > Sabemos entregar-nos. > A realidade de Deus é visível em toda a parte. > O melhor tempo possível é o presente. in A Luz e a Sombra

Don't only practice your art, But force your way into its secrets, For it and knowledge can Raise men to the Divine. Ludwig van Beethoven

Preza o cansaço. É sinal que investiste plenamente naquilo a que te dedicaste. Quando te entregares mentalmente, quando ocupares toda a tua mente naquilo que fizeres, hás-de ficar cansada. Sem dares pelo tempo passar. Sem achares que fizeste muito. O cansaço da mente vai representar a intensidade de investimento, não o proveito a tirar ou o avanço no teu propósito. Podes optar por investir muito a tua vida, em vez de investires muito a tua mente. Investe a tua vida naquilo que fizeres. Torna a tua obra concreta o teu propósito de viver. Cansa mais a vida, cumpre mais a vida e um pouco menos a mente. Investe-te como ser inteiro, e não tanto a fundo como ser mental. Assim, poderás chegar ao fim da viagem cansada, mas plena. Plena de dentro para fora, com a vida cumprida, naquilo a que te propuseste. Tu consegues. Sorri. Estuda. Dedica-te. Confia.

Com a migração da conta Blogger para o Google+, passo, eventualmente, a publicar em nome próprio. Seria o fim da publicação como __leaving_to_live__ . Muito sonhei em partir, em voar, em mudar para crescer, expandir e conhecer melhor o mundo e mim própria. Muito significado teve este login. Muito tempo da vida acompanhou. Agora trata-se de escrever em nome próprio. Tirar a máscara e continuar desmontando mundos e fundos, sem pudor e cheia de coragem. É possível? É o que eu quero?

Nesta luta de vontades, entre a vontade mental e a vontade que sinto quando rezo, quem ganha sempre é a vontade da alma. É a vontade maior da alma que se torna real, com maior ou menor percepção minha daquilo que pretendo viver, com maior ou menor dor ou imprevisibilidade. Por ser a vontade da alma aquela que, no fim das contas, se concretiza, é mais agradável e linear e libertador sincronizar-me com ela, e perceber para onde me quero mover. A mente que tenta adivinhar e viver, desde já, a vontade maior da alma. Procurar não entortar constantemente os seus apelos íntimos e subjugar a realidade às pequenas e limitades vontades da mente. Ir à alma, sentir e conhecer, é o caminho mais real para a profundidade da vida.

Morrer. Deixar o corpo para trás e reunir a pequena consciência e percepção ao tudo maior que tudo. Fundir o anseio de liberdade à liberdade mais pura e completa. Não aceitar mais limitações. Conseguir encontrar e sentir todo o contacto com a realidade do mundo que se deixou para trás sem a ele pertencer ou nele interferir. Não estar mais, não ser menos do que se foi. Ser portador da confirmação, na vida vivida e sentida do outro, da afectividade transbordante que é possível ser e sentir. Morrer. Para o Bem de quem fica. Para provocar e estimular a realidade, no vazio que se deixou. Porque a nossa experiência já nos bastou, a nós e ao outro. Quando o Rumo Maior dos intervenientes é enaltecido e aproximado do seu propósito. Para apurar e enaltecer o Amor Gratuito sentido e concretizado. Viver e reviver a memória e o sonho. Para relativizar a Vida, o seu tempo, a sua intensidade, o seu propósito. Morrer. Deixar um corpo, a dor da ausência e do vazio. A dor da culpa. De

Viva intensamente Desconfie do futuro,  siga em frente Basta acreditar, vale a pena sonhar Nunca desista, vá em frente até acertar E nunca deixe que o medo impeça de tentar Leve na raça, faça o que o coração mandar Não deixe nada para depois, não da para esperar De valor a todo instante que voce viver A todo mundo que te quer o bem Como se não houvesse o amanhã Não duvide, não tenha medo de se arriscar Enfrente tudo, e venha o que vier Conte com a sorte para te ajudar

Se estiverem à espera de amor na vossa vida, sejam o amor do qual estão à espera. Se estiverem à espera de compaixão na vossa vida, sejam a fonte de compaixão para todos aqueles cujas vidas tocarem. Se estiverem à espera de que o riso e a alegria entrem na vossa vida, levem-nos convosco quando entrarem numa sala. Aquilo de que vocês estão à espera chegará quando vocês chegarem com isso. Vocês SÃO aquilo de que estão à espera. in Conversas com Deus

Como posso pretender que o meu caminho não é VIVER e levar os outros, de mão dada, à Vida comigo? Perante todo o infinito da existência, como posso eu fixar os meus olhos apenas no pequeno concreto da minha existência? Perante todo o tempo do Tempo, como posso pretender que a minha vida, por si só, tem um sentido intricado? Queremos acordar. Queremos voltar à Casa do Pai. E queremos lá ficar, de coração aquecido. Como posso viver a minha vidinha e esquecer que aquilo que me importa é o progresso e o crescimento como Humano a Ser? E levar os outros comigo?

Quando escolho caminhar em consciência, faço-o por adesão a um modelo, a um ser de Amor Supremo que me implique em meus passos. Quando opto por rezar o meu quotidiano, por vivê-lo orientada para Deus, faço-o com ternura e com carinho, faço-o meigamente, lembrando-me de emoções concretas, tangíveis. Quando faço de Deus meu Absoluto a alcançar e sei para onde caminho, adiro a uma forte emoção, a um sentimento, que vem do coração. Abraço a compreensão da Vida e do Crescimento com o coração. Compreendo com o coração. Olho com os sentimentos, com as emoções, com as sensações. Percebo o que apreendo e o que sinto, não o que penso. Fujo da realidade e refugio-me no Pai Celeste, que aquece o coração, e a cujo exemplo adiro com amor, numa procura intensa de fusão da Vontade. Que a minha vontade se possa unir à Tua. E é pelo que sinto que escolho caminhar. As pulsões que em mim falam de Ti. Para sentir de Ti, como ser concreto, vou a palestras ouvir sobre uma realidade vivida e sofrid

Ser, completa e genuinamente, tudo aquilo que escolher Ser neste momento, agora. Ter CONSCIÊNCIA daquilo que escolho Ser, ser HONESTA em relação a isso, e assumir-me como RESPONSÁVEL por isso. in Conversas com Deus

Consolo-me na Tua descoberta e redescoberta. Consolo-me em parte ao reforçar a minha adesão ao Teu caminho e aos Teus princípios. Outra parte não se consola com este exercício de teoria e de mentalismos sentimentais. Outra parte busca o concreto, busca a experiência completa. Aproximar-se do Pai não é perceber mais ou menos os movimentos interiores e para onde cada um puxa. Aproximar-se não é procurar entender aquilo que me impede. As várias pequenas razões que me bloqueiam desaparecem, sem serem percebidas ou trazidas ao consciente, se confiar e me repousar no caminho da Verdade e da Consolação plena. Ficar-se pela consolação em parte é não aderir plenamente. No fim do dia, o exame de consciência poderá oferecer sentimentos acerca dos momentos de maior aproximação. No fim do dia, sentir o dia é procurar Consolo por entre o esforço, nas malhas pesadas da existência concreta. Não é necessário decidir a cada momento, basta conhecer-se. Basta haver analisado as pulsões íntimas, d

É fácil saber se um amor é o primeiro amor ou não. Se admite que possa ser o primeiro, é porque não é, o primeiro amor só pode parecer o último amor. É o único amor, o máximo amor, o irrepetível e incrível e antes morrer que ter outro amor. Não há outro amor. O primeiro amor ocupa o amor todo. Miguel Esteves Cardoso – Os Meus Problemas (1988)