A consciência sem escolha não é desistir daquilo que queremos. É sim mudar a orntação da nossa lealdade, afastando-a daquilo que o ego quer, e aproximando-a daquilo que Deus deseja. Na consciência sem escolha, deixamo-la tomar todas as decisões. Por outras palavras, o que queremos é também o melhor que poderíamos querer.
Apenas a consciência sem escolha põe fim ao conflito entre o desejo e a necessidade, pois quando se alcança este nível de consciência, aquilo que queremos é também aquilo que precisamos de fazer, para nosso bem e para o bem de todo o mundo.
O ego existe apenas para uma razão, acumular. O ego quer mais. A maquinaria está fixa; ela funciona segundo um programa estabelecido que é praticamente impossível de reescrever. Os desejos do ego são superficiais. O nosso "Eu" verdadeiro não tem ego. Não almeja o ganho; não receia a perda.
Felizmente, há outra forma de ver o mundo, a partir da integralidade. À medida que o domínio do ego enfraquece, dá-se uma fusão subtil do "Eu quero" e do "Eu devo", em função da vontade do "Eu" verdadeiro. Agir tal como a consciência sem escolha - vontade de Deus - surge com naturalidade. Estamos simplesmente a ser nós próprios.
in A Luz e a Sombra
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