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A mostrar mensagens de junho, 2012

Dica de estudo 8

"Senhor, ajuda-me a olhar a minha vida com o coração aberto. Peço-te a Luz para avaliar este ano. Mostra-me a minha vida como Tu a vês, ensina-me a ver as coisas à Tua maneira. Dá-me a Paz para reconhecer tudo o que de bom aconteceu, recorda-me os meus esforços para melhorar. Dá-me a serenidade de também ver onde não estive contigo, onde entrou o pecado e ajuda-me a reconhecer tudo o que em mim esteve desordenado." Infelizmente, em muitos momentos, sinto que sou eu que já me conheço e que não espero nada de novo de mim. E desanimo. Ainda que no desânimo, quando procuro alinhar a minha vontade à tua, aquilo que emerge é continuar. É caminhando que se faz caminho. E é estudando que acreditarei em mim. Obrigada por ter conseguido estudar tão densamente, tão intensamente nestas últimas três semanas. Consegui ler toda esta matéria, todas estas páginas, como ainda não havia conseguido. Tu estiveste ao meu lado, ainda que eu me esqueça às vezes disso. Obrigada. Obrigada

O desejo

O desejo vem de mansinho, instala-se e corrói tudo o que é química e electricidade do cérebro. Desligar o desejo para dar lugar às obrigações é tarefa hercúlea. De hoje em diante não haverá, sequer, espaço para aproximação.

Cansaço

Cansaço. Cansaço da vida, que pesa aos ombros. Cansaço dos sonhos que não se sabe se algum dia serão preenchidos e tornados realidade. Cansaço de sonhar aquilo que está longe. Cansaço. Resta-me descansar ou pôr-me a caminho. Resta-me a minha integridade. Resta-me a minha vida no presente. Cansada mas, ela sim, real.

Dica de Estudo 7

Aquilo que queres, aquilo para o qual te direccionas, aquilo que pretendes. Centrar no objectivo. O objectivo é passar todas estas horas sentada. Todas estas horas a ler. Todas estas horas a saber. O objectivo é conquistar aquilo que ainda não sabes. Avançar sobre aquilo que ainda não sabes.

A máscara que tiraste.

A máscara que tiraste. O engate de dia que era, na realidade, um engate fortuito da noite. As frases, tão deliciosas, que pronunciaste. A verdade que emergiu. Doce e cortante. Real e anedótica.

Chorar. Pelo príncipe.

Sabem o que é chorar? Conhecem aquela sensação de não haver mais nada no mundo de possível para além de se deixar ir e deixar sentir? E quando se sente e se deixa ir, aquilo que surge são lágrimas. Correm as lágrimas. Porque não sei o que aconteceu. Porque a minha vida não encaixa ali. E perante o ali que vi, recuso a encaixar a minha vida. Recuso. Tal não existe e tal não acontece. E sou eu que escolho consciente aquilo que tolero e aquilo que não tolero.  E o teu corpo com o corpo de outra pessoa, não tolero. Imbecil eu. Antiquada eu. Inadequada eu. Otária eu. Eu, má. Eu, feia. Eu, imperfeita. Mas eu não vejo aquele espectáculo e continuo serena. Qualquer outra, mas não eu. E correm as lágrimas. As lágrimas de dor. As lágrimas de engano. As lágrimas de desespero. As lágrimas que pesam, que doem. As lágrimas. Não há mundo diferente. Não há mundos com príncipes. Não há mundos com respeito. Não há. Se os há, já passou tanto tempo desde que vi o último que já duvido da

No mundo da cabeça

O corpo pesa.  A alma pesa.  Os sonhos pesam. E não apetece. Não apetece viver ou trabalhar ou mexer. Não apetece construir o mundo real. Aqui me fecho, no mundo da cabeça, do sentir e do imaginar. Aqui pernoito, adormeço e me levanto. No mundo da cabeça.

As palavras. De outro que amou.

"As palavras são importantes. A gente usa-as, dá-lhes corpo, cala-as ou pensa-as simplesmente. Mas ao fim de contas elas são importantes. Ocorreu-me isto quando amei. Amei e passei a dar valor às palavras. Aos “obrigados”, “desculpas”, aos “fazes-me falta”. E a outras palavras menos importantes e que me não me soaram menos valiosas apenas por o serem.  Quando não amo, sou pequeno. Sou pequeno demais para as palavras. Ensimesmo-me e o mundo fica uma bolha irrespirável com demasiado ruído, demasiadas línguas que não domino, que se sobrepõem, que não me dão descanso. Mas as palavras são importantes. Ocorreu-me isto quando amei."

Querer intensamente.

Querer intensamente. É querer mais do que com o corpo ou do que com as palavras. Querer intensamente é aceitar anular-se para conceder palco ao outro. Querer intensamente é chegar a não se ser sequer. É um conceito, uma teoria, uma vontade. Querer intensamente é pura vontade, sem concreto. E é assim que hoje te quero, intensamente. Poderia, ao invés, nomear tudo isto como ter-te intensamente. Ou como sentir-te intensamente. Ou como , talvez,   conhecer-te intensamente.  Mas, por agora, nada disto é real ou concreto.  Por agora, resta-me, apenas, querer-te intensamente e esperar pela hora em que se torne, este querer, uma outra dimensão da minha realidade. Não te sonho. Não te imagino. Não te penso. Não te idealizo. Não te quero na minha cabeça, no meu imaginário, na minha idealização. Não quero substituir quem és por aquele que imagino ou que desejo que sejas. Aproxima-te como és e eu prometo ficar para te conhecer. Quero intensamente que sejas minha realidade. Q

Ausência.

Regressar ao quotidiano. Ao tempo comum. Viver-me a mim como o centro. A mim como o fim e como o princípio. Viver a esperança de mim. Viver o vazio como forma de não-solidão. O vazio como espaço de recriação e de decisão de mim própria; no sossego e na liberdade, quem escolho ser? Quando vir a vida e o concreto, os princípios serão tornados concretos? A ausência de estímulo externo é o tempo e o espaço ideal para a recriação interior. Lutar contra a solidão, contra a falta de objectivos imediatos. Contra a falta de objectivos concretos. A ausência é o vazio que pode ser delícia. O vazio para existir. Para sonhar e para idealizar. A ausência.  Que neguei, que não quis. Que me fez desesperar durante anos. A ausência, que agora abraço tanto como a presença. Sou livre, que mais posso fazer senão abraçar a minha vida e as suas flutuações?

Ficar sujeita ao acaso?

Devo decidir o meu caminho. Sem dúvidas. Sem voltar atrás. A vida dá-me, para começar, aquilo que eu for a ela buscar. Se não me manifestar, se não me forçar, se não me responsabilizar pelas minhas acções, nada aparecerá à minha maneira, segundo à minha vontade. É óbvio que há milhões de situações nas quais eu não escolho, eu não participo. Há milhões de situações nas quais, ainda que eu me dê por inteiro, nada recebo em troca. Mas a minha acção é o primeiro motor da existência e da plenitude. Se eu nada fizer segundo a minha vontade, nada receberei segundo a minha vontade. Ficar sujeita ao acaso diminui as probabilidades de prazer para níveis baixos. Tão baixos que apenas a conformação poderia, então, ser o meu consolo.

A Magia das Relações Humanas

O mágico das relações humanas é que todo o gozo e todo o prazer que se tem com alguém não é reprodutível ou aproximável de qualquer outra forma que não seja o concreto. Não posso escrever-te e sentir tanto prazer como estando contigo. Não posso desenhar. Não posso cantar. Dormir. Estudar. Ler. Comer. Não há outra maneira de estar e de ser contigo para além de ser contigo.

Promete. E eu estarei.

Fechar os olhos e sentir. Sentir esperança na pessoa que está à nossa frente. Olhar em frente e sentir o desconhecido como uma promessa. Fechar os olhos e sentir. Sentir a companhia, a presença de quem está à nossa frente. Olhar em frente e sentir que podemos ser cuidados e compreendidos. Sentir a promessa de alguém que olhe por nós. Alguém que se partilhe a nós. Os sentimentos, as visões, os medos. A intimidade partilhada. Olhar em frente e saber-nos estimados. O respeito. A vida. A confiança. A promessa honrada. Os meus íntimos e imprescindíveis valores. De tudo o que me cerca, ou me cercou, os valores que escolho. Para eles tudo sou. E ao desconhecido me entrego. Promete-me respeito, vida, confiança, partilha sincera. Promete. E eu estarei. O medo fica, hoje não vai. Hoje não, te peço. Fechar os olhos e sentir. Sentir comigo. Olhar em frente e ser.

Chega aqui...

Não. Não. Não. Esperar não é sempre o caminho. Disciplina como castigo não é sempre o caminho. Quero, também, a glória! O renascer! O poder! Eu quero-te. Aqui e agora... pudesse eu não fingir. Pudesse eu dizer-to. Chega-te aqui e não sobras.

Querer acreditar

Falta-me a vontade de respirar. Falta-me a vontade de continuar o meu caminho. Não pego no lápis para desenhar um novo percurso. Desespero, mortificada onde me encontro. Esta falta de perspectiva de futuro. Esta falta de vontade de futuro. Desgosto. Desgosto por ser assim. Desgosto e dor por ser assim. Às vezes, quando me esforço, consigo sonhar ser uma pessoa diferente. Às vezes, consigo acreditar que há diferentes rumos e diferentes desfechos para mim. Consigo sentir que posso caminhar diferente daquilo que caminhei até agora. Às vezes, consigo. Hoje, respiro fundo, obrigo-me a sorrir e a imaginar-me feliz, e sigo caminho. Hoje, quero acreditar.

Dica de Estudo

Vale a pena perder uma hora para te arranjares e saires de casa para estudar. Melhor que perder 2h30 a tentar em casa.

Quero saber quem és. Fica.

Quero-te aqui, ao pé de mim. Quero o teu corpo, a tua pessoa aqui, ao pé de mim. Quero quem és. E quero aquele que imagino e não conheço. Quem és tu, desconhecido, que me faz sentir desejo? Quem és tu, que me deixas com a alma cheia? Quem és tu, que sabes que me queres? Quando o mundo se cala, quando as luzes se apagam, quando a pele é pele e o toque é cru, quem és tu? Quando o mundo vai embora, quem és tu? Quando o mundo não quer saber de ti, quem és tu? Quando te respondem assertivamente, como respondes tu? E quando não te dão o que queres, o que dás de volta? E se não mereceres o que o mundo te devolve? E se tens mais sede de vida do que aquela que recebes? Quero saber quem és. Quero confirmar o que sinto. Ou sentir que não acerto, que não conheço, que não pressinto. Quem és tu? Não vás embora assim. Não me deixes a querer-te. Não me deixes a sonhar-te. Quero saber quem és. Fica.

Fala-me mal de mim. Afugenta-me. E eu serei livre.

E eu sei que é por isso que quero que me fales mal de mim. Eu sei que é para saber quem sou e o que sou para ti, na tua vida. Nada sei. E tenho medo da tua reacção, do teu medo "E agora o que faço com ela?". E nunca tornei nada concreto, nunca cheguei ao ponto de teres que responder. Nunca o fiz por respeito para contigo. No meu modo inato de agir, eras livre de explicar, de existir, ou não. Nada pedia, nada exigia, tudo podias. E a minha pequenez, a minha fragilidade impediam-me de assumir, de admitir, de me fincar com o que sentia. Era, e sou, pequenina. O meu fundo é o mesmo de sempre, mas com mais habilidade e com mais coragem do que antes. Quero crer que se nota alguma diferença de maturidade. Quero sonhar que chegarei à tua idade e ao teu tempo tão digna e tão corajosa como tu. Para lá me esforço a caminhar. Ainda que me falte perder medos, deixar de achar que o mundo possa desmoronar. Vou perdendo os medos à medida que as situações vão surgindo. Vou perdendo o

Mais sozinhos que acompanhados...

Brincamos, encontramo-nos, fingimos. Somos amigos. Amamo-nos. Mas quanto disto e real ou importante? As frases que me dizem, os momentos que marcam, as decisoes que me ajudam a tomar. Os beneficios da amizade. Mas o prazer da amizade vai tanto para alem do palpavel. O meu prazer sincero na amizade e na companhia vem do coracao, da alma, do nao real. Escolho-te para seres meu amigo por aquilo que sinto contigo. Por aquilo que nao se descreve em palavras, por aquilo que nem sempre existe no mundo real, mas apenas no mundo daquilo que sinto. Por isso te escolho. E vem as duvidas. Milhares de duvidas. Nao sei porque confio em ti, porque faco contigo livro aberto as minhas duvidas, as minhas conquistas, os meus pequenos e perversos prazeres secretos. Nao sei porque te escolho e existo tanto. As amizades sao aquilo que nos mantem suspensos no mundo vivo, no mundo eal, no qual nao controlamos todas as variaveis. As amizades sao as relacoes que nos tornam vivos emocionalmente. Prefir