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A mostrar mensagens de julho, 2011

Deixar-me Ser

Há mais alguma novidade? Há mais alguma coisa no teu mundo que importe saber? Sinto uma emoção esquisita. Sinto-me como se tivesse estado a chorar. E agora não sobrasse mais em mim para além do cansaço, do ardor nos olhos e da não-vontade. É o que segue naturalmente a um grande prazer, esta exaustão. A combustão da excitação. Vais estar na minha vida. Vou abrir a minha vida a quem és. Sentirás a grandeza do que alcanço, a parvoíce que fomento, a alegre sinceridade que transporto. Pela oportunidade de mostrar quem sou, a Deus eu agradeço. O palco para existir a que me costumo referir. Ser um reflexo diferido da grandiosidade que captei. Ser eu, igual a mim própria. Conheço-te e quero-te. Vem conhecer-me. No tempo fugaz que a vida nos der, no tempo curto que há para existir. Nesta vida. Que não se joga num acto, mas que não dura infinitos. Mas porquê negar a intensidade da presença? No agora que se afigura. Na oportunidade que fizemos por construir. Porquê querer e não poder dizê-lo? Por

Nada se pode conceber que não exista já no mundo

Nada se pode conceber que não exista já no mundo. Tudo o que é, já é. Tudo o que podemos fazer, e chamar-lhe novidade, e chamar-lhe criação, é assente em conceitos que já temos. A novidade é um instante. É permitir que o antigo, aquilo que já se conhecesse, pareça instantaneamente desconhecido. Nada se pode escrever que não se perceba já no mundo. O que quer que venha a ser pensado ou lido ou discutido, já o foi. Mas talvez não dessa perspectiva. Talvez não à luz daquilo que nos acontece agora. Ainda assim, sei que nada posso fazer que não tenha sido já feito. Mas nutro a esperança e a vontade de tocar a tua vida agora. O que é precisas de ouvir? Sobre o que é precisas de pensar? E eu? Do que preciso de me libertar para escrever livremente, para não ter medos de existir como sou? Ou de abrir descaradamente ao mundo?

Querer mais o Sim que o Não? Posso?

Não é que se importasse, mas comer tinha-se tornado para ela uma obrigação. Temos, todos, pequenos prazeres escondidos. E os dela eram os petiscos maravilhosos que só no imaginário existiam. E a real realidade não se coadunava com isso. A solução, ainda que tenebrosa, passaria por ser ela a cozinhar. Ajustar a realidade ao imaginário passa por ser-se activo. Aquilo que não nos vem naturalmente, e que reconhecemos ser importante para nós, tem que vir activamente. Somos a mancha que somos, mas ainda assim podemos tentar activamente ser mais. Há dificuldades mutilantes com as quais lidámos a vida toda. E é possível que tenhamos tentado mudar partes de nós, vezes e vezes. Decisões de ano novo. Decisões de aniversário. Sonhos depois de sessões de cinema. E tentámos. E nada aconteceu. Diz-se que depois dos 18anos apenas 2% da nossa personalidade pode ser alterada. Não me importa grande coisa saber que não vou conseguir, de facto, mudar. Reconhecer que não gosto disto ou daquilo e empreender-

Estudar o livro e as lutas internas.

Estive aqui. E escrevi. E apaguei. Como se não quisesse ter sentido aquilo que senti. Não falar das coisas, não pensar sobre elas faz com que existam menos tempo na nossa vida. Ainda que presentes, ainda que consultáveis quando o desejarmos, se recorrermos menos a elas, serão menos importantes. Costumo falar em auto-estrada mental. Ter uma auto-estrada mental é ter uma via de raciocínio para a qual encaminhamos os nossos pensamentos fáceis. E ficamos, embevecidos, a repetir os mesmos pensamentos. Memórias ou sonhos. Esquecendo o demais mundo. Aceitando este regozijo instantâneo. Que bem que nos sabe. E é desta auto-estrada mental que estou a tentar fugir. Sempre que me sento na secretária para estudar, sem nenhuma outra distracção para além dos pensamentos, é desta auto-estrada que tento fugir. Fugir de uma auto-estrada mental passa por usar o caminhito mental menos utilizado. Recorrer a outros raciocínios. Isto é, certamente uma coisa básica da mente humana. Cada um com seus mecanismo

Manter o blog actualizado, até ao dia 21

Lançaram-me nesta brincadeirinha. Aceitei. Aceitei mais por mim do que pelo pedido. Aceitei porque ando ansiosa por escrever. Porque se acabou o diário no qual eu escrevia e ainda não encontrei um novo do qual eu goste. Aceitei, então, pelo menos uma vez por dia, escrever aqui notícias do meu mundo. Lançar-me em pleno no teu mundo, que me lês, sem receios do que penses. Impedir que se arrastem em mim sentimentos e emoções e vozinhas tépidas e materializá-las. O que melhor posso eu fazer à minha consciência senão ampliá-la e deixá-la a descoberto? Escrever aqui será, também, isso. Catarse da minha ânsia. Calar a minha consciência. Bola de sentimentos e de emoções, aberta ao mundo. Ousar querer, com letras, fazer o outro sentir o que sinto. Tenho sede, tenho sede de compreender o que me domina e poder dominá-lo. Se sou bola de sentimento, compensar-me-ei em razões e filosofias e decorrências práticas daquilo que, em ideias e emoções, permito que me habite. Se actualizasses a tua vida, u