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Mensagens

A mostrar mensagens de novembro, 2011

Angola, aqui vou eu!

E pronto, é agora! ANGOLA! Sinto-o na pele, sinto-o no corpo. Uma decisão de duas menininhas. Uma decisão com pouco mais de um mês de existência. Sem meditações, sem ponderações. Lançar-se de cabeça ao mundo. Ao avião. À viagem. Ao desconhecido. Aqui vamos nós, África. Só na véspera me parece real. Só na véspera me permito sentir os medos e os anseios na pele. Até agora tudo bloqueei. É agora que permito ao corpo sentir a mente, sentir a vida? É agora que permito sentir? Vida, que estais no céus, vem a mim.

A Privação. Lição da Vida, aula da Humildade.

Ser-se privado daquilo que se quer e daquilo que se julga merecer é muito duro. E é uma lição da vida, uma aula da humildade. Andamos por cima do mundo, em todo o tempo, e somos privados daquilo que consideramos essencial à nossa plenitude. E, ainda assim, continuamos a existir igual a nós próprios através dos tempos. Ser-se privado daquilo que se quer e daquilo que se julga merecer é muito duro. E é uma lição da vida, uma aula da humildade.

Está bem, da próxima vez não bebo.

Jesus, porque os teus braços são grandes, acolhe-me. Abraça-me e aquece-me. Está frio no meu mundo. E está dor de cabeça. Está bem, da próxima vez não bebo quando for sair à noite.

Aquela verdade, que vem ao de cima.

Há coisas que não adianta. E fingir que se sabe quando nada se sabe é uma delas. A verdade vem sempre ao de cima. E hoje é o dia da minha má verdade. Daquela que iludo, que ludibrio, que finjo. Que finjo tão completamente, que já sabem o resto, não é mesmo? Mas, ainda assim, completa em mim mesma. Que sacanita!

Em caso de dúvida.

Em caso de dúvida, de stress ou de outro que tal, é em ti que me refugio. É em ti que me preencho. Coração pegajoso este. Coração humano. Que vai ficando, na companhia que tem, que encontra, sem pedir autorização para usar a memória. Somos violados em nossa grandeza mental por quem desconhecemos. O desconhecido da rua continua, assim, a perseguir nossa imagem e nossa vivência, e nossa crença. O desconhecido da rua. Em caso de dúvida, eu sou a tua desconhecida da rua. Aquela que te assalta no escuro. Aquela que te persegue quando não deixas. Aquela que te encontra, onde quer que estejas, quando ela precisa. Em caso de dúvida, eu sou.

É agora!

Pronto. É agora que estou nervosa. É agora que quero ir desbravar todo o caminho, correr até me cansar, falar, falar, falar até exaustão. É agora. É agora. Beber mais cafeína. Este estado de nervoso que bebe de si próprio e que pede a si próprio para ser cada vez e cada vez mais e mais. Eu quero mais cafeína. Eu quero mais nervosismo, mais agitação, mais energia. Eu quero mais e mais. É agora. É agora !

Dás-te a ti mesmo, ou apenas o que sobra?

"E tu, dás-te a ti mesmo, ou apenas o que sobra?  Olha para ti, será que ainda podes ser mais de Deus?  Confiar e abandonar mais?"  in Passo-a-Rezar.net

Ser livre.

Ser livre. Sentir-me livre. Vem de fora ou vem de dentro? Não consigo olhar com crítica o que faço. Não consigo ir pedir crítica ao que faço. Ser livre. Vem de dentro, posso fazer algo por mim? Ou vem de fora e movimento-me freneticamente em todas as direcções à espera da liberdade que tenho e não sinto? E ser não-livre é assim tão pesaroso? Ouve lá, miuda...! Vai viver e esquece o que pensas. Estudar e sublinhar ao mesmo tempo. Insulta o livro e deixa isso lá escrito nas folhas. Vais voltar a ler aquilo? Vais estar alguma vez mais apaixonada por isso do que estás agora? Vais conseguir compreender o ímpeto que te fez escrever ao livro? Vai! Sê livre. Tu com o livro.

Os tempos. E o aprendiz.

Os tempos difíceis servem para aperfeiçoar o aprendiz. Elisa Lucinda. O prazer da procura  e o prazer de aprender. Apenas saciados na medida em que são alcançados, na medida em que se procura e na medida em que se aprende. Aquilo que já foi procurado não serve de pleno consolo, nem tampouco serve de pleno consolo aquilo que já foi aprendido. É preciso sempre cada vez mais para que se obtenha sempre cada vez mais a sensação de estar a aprender. Mas é só para quem quer.   Não querer aprender pode fazer parte, igualmente, de um modo legítimo de vida. Para esses, os tempos difíceis, o que serão? Quando nada de quer aprender, reconhece-se sequer que há tempos difíceis? quando nada de quer aprender, pensa-sequer que há tempos nos quais não há nada daquilo que se conhece que funcione, que nos traga proveito e avanço de vida?   Um tempo difícil é um tempo no qual os moldes que já se conhecem e que já se praticam não são suficientes para se cumprir e se alcançar aquilo que

Dia 5. 10 dias. 10 fotos.

Dia 5. Já há menos dias do que lugares memoráveis e da rotina para registar. Quero mais. É quase como sentar-se a lanchar na Montra da Associação de Estudantes desta mui nobre Faculdade, quer-se sempre mais. Mais quê? Mais tempo, hoje quer-se mais tempo! Sala de Alunos. AEFML.

Dia 4. 10 dias. 10 fotos.

Dia 4. Sentir no corpo o cansaço. Hoje, é o corpo que limita. hoje é com o corpo que se lutam batalhas. Com o corpo. Até ao tesouro. No fim do arco-íris. Hospital de Santa Maria.

"Faz aquilo que te fizer feliz."

"Faz aquilo que te fizer feliz." É o elo perfeito para ligar o consciente , que pensa, que se pensa, que se mentaliza, ainda que procurando expandir-se, com o sentimento , tão renegado para segundo plano. Quando me sento para estudar, penso e sinto, de mim para mim, de mim para o meu diário, ou de mim para a blogosfera, "Faz aquilo que te fizer feliz ". E assim me meto a caminho, cumprindo obrigações, mas sabendo que me trarão benefícios imediatos, segundo aquilo que sinto. Caminhar acordada. Consciente do Propósito que cada acção pode ser por nós. Entregar-se por completo naquilo que se faz, procurando sentir. Sentir as obrigações boas, aquelas más, aquelas a curto prazo ou a longo prazo. As obrigações que planeamos nos irão fazer feliz, ainda que com sacrifício. Dizem que isto é caminhar apaixonada, a cada passo sentir êxtase. Não lutar apenas pelo desfecho, cegamente embrenhado. Sentar-se e contemplar o percurso. Paixão é caminhar. Contemplar. Hoje, o q

Dia 3. 10 dias. 10 fotos.

Dia 3 (=10-7). My heart skipped a beat. TV (Taquicardia Ventricular) no Aquário de Estudo. Primeiro dia a estudar neste sítio. Cheiro a tinta. Cheiro a colegas mais novinhos, menos concentrados no estudo. Dia 3, skipped a beat. @ Aquário. AEFML .

Irrompo em palavras

Irrompo em palavras. Correm-me frases e ideias e ideais ultrajantes, desafiadores. Vejo vidas em perspectivas. E tenho que me controlar. Para me manter concentrada neste meu trabalho altamente intelectual. Estou a estudar um livro. Com palavras. Com doenças. Com estatísticas. E com explicações de como as doenças aparecem. Não há aqui espaço para mais nada. E, ainda assim, irrompo em palavras, que quero escrever. E que não consigo calar. Não há mais café para ti hoje, menina.

10 dias. 10 fotos. Dia 2.

Dia 2. Uma alma. Uma vontade. Um corpo. Sentir. Sono, café, vontade. Sentir. Paz, sonho, movimento, vontade. Eu sou, Contigo. @ Capela do Colégio das Escravas do Sagrado Coração de Jesus , Lisboa.

Feist - How My Heart Behaves

10 dias. 10 fotos. Dia 1.

Dia 1. Meio bife. Meio copo com gelo e limao. Meio termo. Meio plano de estudo. Meia certeza. Meia vida. EPIC WIN! @Toxinas.

Plano B

Sabermos viver agarrados aos planos. Mas sermos livres de nós mesmos o suficiente para deles abrir mão. Rumo ao maior plano, ainda em construção. «Santo Inácio, no ímpeto da sua conversão e querendo fazer por Deus não menos de quanto fizeram tantos santos, decidiu peregrinar a Jerusalém e passar o resto da sua vida no mesmo local onde viveu Jesus. Claramente projectava o futuro à medida daquilo que conhecia. Embora pudesse prever algumas dificuldades como acidentes de viagem, salteadores ou a guerra com os turcos, provavelmente não podia prever que seria impedido pelo próprio guardião dos lugares santos de ali permanecer, sob pena de excomunhão. E aqui começa a revelar-se a diferença entre obstinação e liberdade em relação aos seus próprios planos. Inácio humildemente (embora possamos imaginar que com tristeza e confusão) volta a Espanha. O seu desejo era, mais do que uma satisfação pessoal, aproximar-se do seu Senhor e servi-lo. Por isso a impossibilidade que surgiu

10 dias. 10 fotos. Dia 0.

Dia 0. Tempo de começar o plano. Forjar. Moscatel. Paulo Coelho. Agendas. E esperança. Pouco mais. Dia 0.  Sweet home.

Paz a mim, se me olhar de fora.

Eu queria ter a coragem de saber de mim. Ter a coragem de falar comigo. Coragem de falar Contigo. Saber de antemão que vou chorar, que vou lutar para não me ver com os Teus olhos. Eu quero ser individual, cheia de mim, plena de Ti, mas à minha maneira. Mas também queria poder deixar o mundo desabar, desfazer-se em cacos, não lamentar e seguir os Teus Caminhos para mim. Se eu me sentasse agora e escrevesse para Ti, metade do que fiz hoje seria útil ou inútil? Tenho medo. Tenho medo de fazer tudo errado, de investir naquilo que não me leva à plenitude, que não me aproxima de mim Contigo. Tenho medo de ser errada. E tapo os ouvidos. E vou dormir, meditar, conversar, rir, alimentar-me de costas voltadas para Ti. Só porque tenho medo da Tua Luz. Não se vá dar o caso de Ela ser exigente com a minha vida como eu o sou. E, depois, olho para o passado, e deixar a vida desabar é tão bom. "Desistir de tudo", "deixar tudo correr por si só sem intervenção minha", "

Quando nos fecham as fronteiras.

As fronteiras que se fecham, a nós, cidadãos do mundo. As fronteiras que se fecham. Hoje fui ao Consulado altamente tecnológico de um país africano, altamente a desenvolver-se. E foi uma experiência mediocre de existência. Não senti nada enquanto lá estive a não ser "trata do que precisas". Uma visita necessária para conseguir autorização para ir, para estar. Embora o Consulado seja um sítio óptimo e limpo e claro e transparente, com senhores engravatados e de lenço na lapela e com sorriso, tudo o resto sabe-me a pouco. Há ali montes de cenas que não me fazem sentir parte de um mundo perfeito, onde a existência esteja alinhada. Uma rodinha de meninos e de meninas com 25-30anos (esta é a minha faixa etária, também, por acaso), vestidos como se fossem a um casamento, na risotinha e na conversinha de circunstancinha. Imagino-os menininhos e meninhas das empresas que vão para o país com maior taxa de crescimento. O mundo move-se para onde há o lucro. E acho bem, eu faço

Que nos custe

Foto minha - 1.4.2010 - Em caminho. Vamos falar de coisas práticas. Vamos falar de dinheiro. Falemos de dinheiro. Regateemos o preço das cenas que vamos comprar. Falemos de dinheiro. Que não seja assunto de sarjeta, de tabus. Que não contemos em segredo, em privado, o dinheiro que temos. Que não nos custe apenas o dinheiro quando metemos a mão ao bolso para pagar ao inútil do arrumador de carros. Ou na cestinha do ofertório. Que nos custe o dinheiro da electricidade da lâmpada que escolhemos. Ou que não escolhemos e deixamos lá estar, sabem, aquela encandescente. Ah e tal, porque não gosto que demore a aquecer para dar luz em pleno. Ah e tal, porque a luz é muito branca. Que te custe esse dinheiro inútil em caprichos. Que nos custe o dinheiro dos perfumes para casa de banho mais caros, mas que fazem o mesmo efeito. Que nos custe ir de gasóleo a dividir por um, em vez de gasóleo a dividir por cem. Que escolhamos esperar 20min na paragem de autocarro e usemos transportes públ

Eu. Com uma alma livre. Igual a mim própria.

Neste ponto da viagem, a minha alma repousa em paz. Este assunto não mexe mais com ela. Ela abanou-se e abanou e agora repousa em paz. De todo o universo de possibilidades, nenhuma lhe apraz. De todo o universo de esforço, de caminhos fáceis, de formas de sentir ou de viver, nenhuma lhe apraz. Sabem, quando investiram, investiram, investiram, e do outro lado havia uma parede? Lutaram com sabedoria, com aquilo que eram, com o melhor que tinham e nada obtiveram? Sabem, quando não vão ser quem não são para obter resposta? Sabem? Digam-me que sabem, para que eu não tenha que descrever...! Estas são as lutas que ficam por lutar. São as lutas onde nos sentamos, encolhemos os ombros e vivemos novo rumo. Dali nada há a colher. Ali, naquela circunstância, a nossa alma não sabe ser si própria. Ali, naquela circunstância, aquilo que pode ser feito é não-natural, não-nós-próprios. E não vale a pena. Sermos quem não somos para obter resultados não vale a pena. O que implica

Missão Nova

Empreendo o meu corpo em invenções, que possam dar, literalmente, corpo às missões que idealizo e que imagino. Escolhi um projecto de fim de curso, um projecto de fim de ano. Escolhi um projecto de fim de jornada. Decidi premiar o meu esforço e a minha vida com uma Missão de humanidade, em sinal de reconhecimento por todas as bênçãos que me vêm sendo dadas. Vou entregar a minha vida nas mãos e nos tempos de outros que as queiram aceitar. É tão bom sentir isto. Que somos precisos, que somos preciosos, que somos importantes, valiosos, dádivas em alguma parte do mundo. Sentir que há carência de nós, tal e qual como somos. Sentir que, algures no mundo, a nossa pessoa, a nossa vida, a nossa formação profissional e a nossa capacidade técnica são úteis. Sei bem que não são essenciais, sei bem que não mudam o mundo, sei bem que não melhoram as vidas das populações. Mas eu, como ser individual escolho brindar-me a mim mesma com esta experiência de altruísmo. Meus queridos pais, como pre