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Mensagens

A mostrar mensagens de dezembro, 2006

Lembrar e fugir

Lembrei-me, de repente, no carro, enquanto vinha de Salir, nesta noite de Natal, que me aflige muito deixar de confiar aos meus pais uma série de responsabilidades, ou seja, transferi-las para outra pessoa. Se eu tivesse que escolher uma coisa que neste momento fulminasse o que sinto, seria, de longe, essa: o facto de eu colocar em alguém competências dos meus pais. E são coisas muito simples, como por exemplo, ser tapada à noite, ou descascarem-me fruta, ou ajudarem-me a vigiar as horas a que me deito. Para o bem e para o mal, os meus pais são isto para mim, este somar de pequenas coisas (que muitas vezes me agoniam). E agora voltam a agoniar-me. Acho que a própria ideia base que me faz estar com alguém não encaixa em mim. Eu penso sempre que estou ou estarei com alguém para partilhar, ou seja, para mostrar partes de mim e querer ver outras partes, comparar a minha forma de estar com a de outra pessoa. Curiosidade. Mas não foi isto que imaginei para mim quando fosse grande. Quand
Algo me fura. Preciso reflectir. E rezar. Feliz NAtal para todos! Para os que o vão passar com amor, carinho, paz e tranquilaidade, e também para todos os outros. Que apesar de saberem que isto é possível e real preferem passear pelo mundo da agonia. Recebo muitas mensagens de natal. Sinceramente, nem perco tempo para as ler com pormenor. Apenas fixo quem ams enviou. Se me apetecer responderei. Ms fa-lo-ei com certeza. Apesar de agoniada continuo sincera. Feliz Natal para todos vós. Os que ee conheço muito bem e os que eu não conheço mas que confiam em mim. =)

Sentir-te

Sentir tuas mãos, frenéticas, andantes, cambaleantes pelo meu ser. Pela minha geografia. Sentir-me envolvida, acarinhada. Tanta ternura neste meu novo mundo. Tanta paixão. Tanto desejo respeituoso. Quem és tu, que queres o mesmo que eu? Para onde vais comigo? De onde vens para mim? És que sou? Serei eu quem sou? Aqui estou, alternando o tudo te dar e o nada. Encontrando compatibilidades entre os dramas e os desafogos. Apaixonar-me mais um bocadinho. Desfrutar do pouco nada que me sinto à vontade para conceder. Ver teu sorriso quase infantil quando me alcanças. O prazer está no estar. Mas também na aproximação. Também na fuga, no ver e no sentir. És para mim como sou para ti. Será possível? Até quando acredito nesta saúde? Não quero assim terminar este texto de paixão, de entrega e dedicação. Mas quando se explica todo o amor, também vem uma réstia de medo. Cada vez menos, é o que me consola. Quando temo por mim, aprisionada, por ti, sofrendo, lembro-me da confiança que sinto em Deus. E

Eu cuidei de ti como sabia

"Eu ando pelo mundo e meus amigos, cadê? Minha alegria, meu cansaço? Meu amor cadê você? Eu acordei Não tem ninguém ao lado Pela janela do quarto Pela janela do carro Pela tela, pela janela (quem é ela, quem é ela?) Eu vejo tudo enquadrado Remoto controle" Esquadros. Adriana Calcanhotto C aminho por entre os pensamentos e deixo-me fluir. Saltitona de uns para outros. De umas memórias para outras. Todos somos assolados pelas memórias. E dependendo dos dias apreciamos mais as boas ou as más. Hoje estou cansada. Trabalhei muito. Vivi muito. E consegui conciliar tudo aquilo que me propuseram. Há dias em que me lembro mais daquilo que pedi e não foi cumprido. Como naqueles dias em que passo pelas pessoas que conheço e elas não me vêem. Há outras frases que, por muitas vezes que eu as diga não são devidamente ouvidas. Como se o outro estivesse muito concentrado em ouvir um outro eu. E depois vens dizer, como se fosse tudo muito estranho, que eu não sou assim. Que eu não

Não lido bem com elogios

Não quero ser razão de nada. Não quero ser motivo de nada. Por favor, vós que gostais de mim, passai-me e ao lado e não olhem para mim assim. Não me sinto perfeita. Nem conheço em ninguém perfeição. Sou uma desiludida das relações que apenas pede que a deixem ser. Não lido bem com elogios. Os que me elogiaram sempre me mataram, algum tempo depois. O que sugerem?

mangas

suspiros suspiros suspiros snifar casaco. ver mais uma vez o perfume. sentir a presença. relembrar. sonhar, não muito, o presente já dá pano pa mangas.

Querer

Apetece-me mais, mas não devo. Quero querê-la, mas não consigo. E sem solução para a indecisão prossigo. Sede. Sede de mais de ti. Paixão insaciável, desejo de novidade. Amor ou carinho? Talvez apenas ausência. E horas tardias. Nem álcool nem drogas. E quando se sente à luz do dia? Saudade? Companhia. Amor. Ódio. Prazer. Desilusão. Compaixão. Compaixão. Tirar de mim e dar tudo na tua mão. Sofrer pelo sim, não querer o não. E adiar. E matar-te. E matar-nos. E viver? E para quando é viver? Sufoco é o que me fazem. Liberdade é o que vejo para mim, já a seguir. Manda vir.

Obrigada

"Jesus Cristo, no teu Evangelho escutamos o chamamento que nos diriges: «Segue-me». E compreendemos que seguir-te é antes de mais assumir o risco de confiar em ti. " Não sei se hoje poderia encontrar oração que me despertasse mais a atenção ou que simbolizasse melhor aquilo que sinto. Depois de quebrar todos os elos que me mantinham presa a esse passado de sofrimento, impele-me a sede de confiança. Desejo confiar, sem te conhecer, em ti. Somente porque meu coração o pede, e hoje é, como todos os outros, dia de fazer a vontade sincera ao meu coração. Amar-te assim, na confiança, na esperança, na tolerança, na atenção é, antes de mais, aceitar-me e amar-me. Ousar ver meu coração antes de ver os outros. Tu me pedes que te siga. E aqui estou. Não sei para onde, mas com o coração nas mãos, com o coração na goela, com o coração em todo o lado, a palpitar fortemente porque sim. Quero agradecer-te. Não sei por quê. Nem sei muito bem para quê. Apenas me sinto grata, contente, preenc

Fácil de entender

Talvez por não saber falar de cor, Imaginei Talvez por saber o que não será melhor, Aproximei Meu corpo é o teu corpo o desejo entregue a nós Sei lá eu o que queres dizer, Despedir-me de ti Adeus um dia voltarei a ser feliz Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor, não sei, o que é sentir, se por falar falei Pensei que se falasse era fácil de entender Talvez por não saber falar de cor, Imaginei Triste é o virar de costas, o último adeus Sabe Deus o que quero dizer Obrigado por saberes cuidar de mim, Tratar de mim, olhar para mim, escutar quem sou, e se ao menos tudo fosse igual a ti Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor, não sei o que é sentir, se por falar falei Pensei que se falasse era fácil de entender É o amor, que chega ao fim, um final assim,assim é mais fácil de entender Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor, não sei o que é sentir, se por falar falei Pensei que se falasse era fácil de entender! The Gift

Onde estás?

Onde estás? Na era da informação e de tudo o mais desse tipo não te encontro. Onde te escondes? Porque desisto, a meio da procura, de te encontrar? Serão nossos mundos assim tão distantes? Não creio. Se te doer alguma coisa, foi das alfinetadas que te dei. Porque te chamo e não te encontro.

Cada canto sua lágrima

Procuro-te Como quem quer água e não a tem. Procuro-te A ti que aqui estás e não te quero ver. Procuro-te Rendida em mantos de medo Selada em fitas de amor. Amor, amor amor Por detrás de todos estes panos escondes-te Finges-te morto e mentira para me enlouquecer. Procuro-te Algures no meu cerne escondo-me Já disse que tenho medo? Já disse que fujo para longe e para onde não sei onde estou? Finjo-me sem Norte, mas o vento tudo descobre. Esta incerteza é irreal. E fingir que não sei quem sou ou para onde vou mata-me de agonia.

Poder Esquecer...

Poder esquecer que conheci contigo o interior antigo da cidade a tua incerta boca que corria nas pontas dos meus seios e minha face Poder esquecer que ignorei contigo aquilo que quizemos e pensámos as tuas lentas mãos que percorriam a curva dos meus rins e as pernas que se abrem Poder esquecer que conheci contigo os sítios mais meigos da cidade os teus dedos que na minha boca entravam - percorriam vorazes - insaciados Poder esquecer que conheci contigo aquilo que escondemos. Não fizemos a minha língua no teu baixo ventre a traçar caminhos que perdemos Poder esquecer que conheci contigo a recusa de nós... Que ignorei contigo tão meigas vontades que esquecemos De Maria Teresa Horta

Cultivar a distância

De tudo o que nos separa a distância é o mais leve a suportar. A distância faz-nos trazer à memória, muitas mais vezes do que o normal, a presença e a ausência. Nos momentos de não-companhia trago à memória os sorrisos e os olhares cúmplices, os mimos e as cócegas que, não sendo mais, já foram. A presença não a cultivo mais no dia de hoje (apesar de ser essa tua vontade íntima). No dia de hoje cultivo a memória, a audácia do sonho de querer ir mais longe. Cultivo quem sou e quem me ajudaste a ser. Graças a ti, ao teu colinho, à tua companhia. Foste companhia e agradável surpresa. Agora.. Agora apenas o voo me aflige. Apenas o voo me alegra. Sejamos capazes de voar, mesmo que para longe da presença, em direcção ao mundo que nos espera há demasiado tempo. Mais um pedido. Mais uma oração. Pela liberdade e pelos segredos da vida que nos resta desvendar.

...entre...

Surpresa… Nada me surpreende há muito. Ninguém me surpreende há muito. Porquê…??? O meu mundo com surpresas e pessoas surpreendentes seria tão mais giro! Interesse… Existe algo extraordinariamente interessante? Alguém? Também não me lembro de nada nem de ninguém… …Dormir…Sonhar…Beber chá ou café…

Não se pode...

Não se pode culpar ninguém por desesperar por amor. Não se pode culpar ninguém por maltratar por amor. Não se pode culpar ninguém por caluniar por amor. O amor tudo pode. Mas o amor não faz nada disso. Por isso, Tu oh alma perdida, não mintas mais! Não mora mais amor no teu coração.

Eu sou uma auto-estrada congestionada.

Movo-me neste ímpeto de chegar a algum ponto. Ando num tipo de roda dentada. Ou de trânsito. Sim, eu sinto-me uma auto-estrada congestionada. Cheinha de tudo, vazia de nada, sem espaço, sem tempo, sem movimentos fora do previsto. Eu sou uma auto-estrada congestionada. Há muito tempo atrás, pouca distância atrás, eu sabia para onde ia. Muito resoluta eu sabia. Mas agora? O que faço? Páro na berma para pensar? E se os polícias me vêem? É necessário parar. Parar para rezar, para rever o que escolhi. Rever o que amo e o que sinto. Meu sonhos? Meu sonho é sossego. Meu sonho é confiança. Meu sonho é amor, paz e ternura. Meu sonho não é nosso sonho. E mesmo que o seja, neste momento sigo com minha vida. Minha preciosa vida. E tu? Passado todo este tempo para onde segues?

O meu sonho.

Borboletas Totalmente relacionadas com a beleza e a graciosidade. São indicação de prosperidade e de justas concretizações.

Não me mintas mais

Percorro sem rumo as ruas desta Cidade. Olho à minha volta e vejo uma multidão. Mas é uma multidão organizada. Todos parecem ter uma finalidade, um objectivo. Reparo que todos estão acompanhados. A mãe com a filha, um grupo de amigos, um casal de namorados, um casal de idosos. Mesmo os que vão sozinhos estão ao telemóvel ou andam à procura de alguém. Mas eu estou sozinha. Tu não estás aqui. Mentiste-me quando disseste que tudo continuava na mesma. Não é verdade. Porque antes quando eu queria ir almoçar ía contigo e agora vou sozinha. Porque antes tudo o que eu te pedia tu fazias e agora só fazes o primeiro pedido. Porque antes tu só querias estar comigo e agora só queres estar com outrém. Porque antes eu era contigo e agora sou sozinha. Por isso tudo eu te peço.. não me mintas mais...

Confrontos

Choros. Risos. Angústias. Gargalhadas. Neste últimos dias tenho vivido uma série de emoções. Assim como num dia acordo feliz, no outro sinto-me a pessoa mais infeliz do mundo. E porquê? Tudo isto por mim, por ti, por vós. Todos vocês que têm uma influência em mim como se da Lua se tratassem. Basta! Não quero mais! Quero ter o controlo de mim, quero segurar eu as rédeas. Mas.. Mas tenho medo... Foram momentos tão bons que passamos. Não quero perde-los, não quero esquece-los! E se ao “livrar-me” de Ti, “livro-me” também deles? Eu não quero! E se ao oferecer parte do teu cadeirão, tu também ofereces parte da minha cadeirinha? Então estou aqui, flutuando nestas memórias, nestes pedacinhos que me ofereces. Mas nem sempre me sinto triste com isso. Vivo como me apetece viver. E confio em mim. Sei que um dia voltarei a ser Eu, e não o reflexo de todos vós. Mas preocupo-me, preocupo-me quando a minha forma de estar está a deixar-te triste. E isso eu não quero. Esforço-me. Luto. Não sei se é est