Sentir tuas mãos, frenéticas, andantes, cambaleantes pelo meu ser. Pela minha geografia.
Sentir-me envolvida, acarinhada. Tanta ternura neste meu novo mundo. Tanta paixão. Tanto desejo respeituoso.
Quem és tu, que queres o mesmo que eu? Para onde vais comigo? De onde vens para mim?
És que sou? Serei eu quem sou?
Aqui estou, alternando o tudo te dar e o nada. Encontrando compatibilidades entre os dramas e os desafogos. Apaixonar-me mais um bocadinho. Desfrutar do pouco nada que me sinto à vontade para conceder.
Ver teu sorriso quase infantil quando me alcanças. O prazer está no estar. Mas também na aproximação. Também na fuga, no ver e no sentir.
És para mim como sou para ti. Será possível?
Até quando acredito nesta saúde?
Não quero assim terminar este texto de paixão, de entrega e dedicação. Mas quando se explica todo o amor, também vem uma réstia de medo. Cada vez menos, é o que me consola. Quando temo por mim, aprisionada, por ti, sofrendo, lembro-me da confiança que sinto em Deus. Este é o meu percurso, aquele que, agora conscientemente, traço para mim. Estás incluído? Parece-me que sim. Estou aqui. Entrgue a mim e a Deus. Tu guias-me através disto. Não deixo que seja de outra forma.
Mas, nem preciso de reflectir sobre isso, não te é instintivo guiar-me de outra forma que não seja pela minha vontade. Vejo-o nas tuas mãos frenéticas que me esperam.
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