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Mensagens

A mostrar mensagens de maio, 2012

Encruzilhada, toma-me, aqui estou

Sabem o que vos conto de mim? Coloquei-me numa encruzilhada e fechei os olhos à espera que viessem contar-me ao ouvido o que fazer. Num sítio onde tudo podia ser decidido e onde tudo é possível, fiquei quieta de olhos fechados. Disse a alguém para fazer o que quisesse de mim. Do meu corpo, do meu ser, da minha alma. Disse-lhe "toma, aqui estou". Fechei os olhos e fiquei à espera. E nada aconteceu. Não fui colhida por nenhuma mão, por nenhum homem, por nenhuma vida. Toma-me, aqui estou. Repeti-me, tornei-me clara. E nada aconteceu. Disse ao outro homem, colhe-me e vive-me segundo a tua vontade. Não me amando a mim, não o obrigando a ter-me, Quando não decidimos nós, pedimos ao outro que viva a Vida em vez de nós próprios. "Vive tu em vez de mim". "Vive-me". E sei que lho disse porque pouco me importo aquilo que lucro da vida. Luto para ser eu ajuda e amor e coragem na vida dos outros. Dissolvo-me em amores pelo vento, pelos outros. Outros sem

Vontade

Eu preciso de sentir que tenho vontade. Eu preciso de sentir isso. Antes que a vontade apareça, tem que aparecer o esqueleto em que a vontade encaixa. Antes de haver vontade, tem que a haver espaço onde ela nos possa mover e colocar a viver cheios dela. Não devo ficar sentada à espera que, eventualmente, a vontade apareça. Devo viver a vida e criar planos como se ela aparecesse de certeza. Se noutro mundo da minha vida não precisava de vontade para trabalhar de noite, sei que agora os tempos são diferentes. Hoje, aqui sentada, reconheço que a vontade não precisa de ser esperada se eu for estudar para espaços públicos. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Optimizar a minha vida é fazer espaço para que exista o inesperado. É conseguir sentir no corpo e sentir com a vida o que é revelação de maravilha em mim. Provocar essa sensação, sem esperar que ela chegue espontaneamente. Espero o inesperado e deixar-me-ei tocar e moldar. Esforço-me por isso.

A Proximidade

É de Deus que procuro proximidade. É ao amor e à misericórdia de Deus que me quero unir. É à sinceridade e ao respeito e à companhia que hoje me sinto chamada. Descer ao concreto da vida daqueles que estão comigo, que Tu me chamas a amar e a abraçar. E faço-me mesmo pequenina para isso. Nada posso pedir. Nada posso implorar que faça sentido. Hoje quero pedir que sejas comigo. Que estejas ao meu lado. Confio em Ti. Sempre que segui a força que tinha, sempre que confiei nos chamamentos internos e profundos, senti glória. Glória da alma, que rejubila. Rezo para me manter unida a Ti, aos Teus valores, aos Teus passos para mim. Sem nenhuma certeza e com medo. Mas sigo viagem para Ti. Acolhe-me. Perdoa quando não sou conTigo. Perdoa. Abraça-me, apertado. Regálame tu risa, Enseñame a sonar Con solo una caricia Me pierdo en este mar Regálame tu estrella, La que ilumina esta noche Llena de paz y de armonía, Y te entregaré mi vida Haces que mi cielo Vuelva a tener ese azul, Pint

Quebrar o rumo, a vida, as certezas

Escrever assim tão público chega a ser intimidante. Quero a criatividade a fluir, quero a liberdade. Poder alinhas palavras e sentimentos como eles surgem. Amo ser genuína, amo que saibam com o que é que podem contar. E fico aflita por ser possível escavacar na minha intimidade directamente com informações e sentimentos vindos da fonte. A vida é tão inquietante. O mundo é tão pequeno. Como podemos fluir em liberdade sem gerar correntes? Hoje quero esconder-me e sofrer. Hoje quero sofrer porque não sei. Porque é longe a informação. Porque é vago o conhecimento. Quero sofrer porque não é possível querer e não querer ao mesmo tempo. Porque não é possível querer avançar e querer esconder. Querer viver e querer que morra. Não há vários caminhos possíveis. Porque me torno banal. Semelhante a tudo o demais. Porque ouso, mas com medo. Ainda que tenha a confiança de fazer e de agir segundo me parece, há o medo dos outros. A minha vida são várias, é aquela que quero e aquela que não que

Eu quero, sem meia-medida

Nao quero dizer. Nao quero dizer aquilo que sabes. Nao quero dizer aquilo que viste surgir e afastaste. Nao quero admitir que te quero tanto hoje como sempre te quis, que te respeito tanto como sempre te respeitei. Nao quero ouvir nenhum nao. Nao quero proximidade minha com mais ninguem. Nao quero proximidade tua com mais ninguem. Vou maltratar. Sei quem sou. Sei o que posso. Sei como o posso. E o mundo nao acaba amanha. E isolo-me. Paralisada a sofrer. Se eu me entregar, o que fazes comigo?

Entregar-me

Nao. Hoje nao senti Deus a colaborar cmg na entrega aos outros. Naome tormei disponivel a isso. Fechei-me. Nao pensei na confluencia dos amores. Nao pensei que o melhor proposito que tenho na minha vida e de poder fazer confluir o amor de deus por mim e aquilo que o Seu amor quer para mim, com a minha vontade para a minha vida. E num nivel concreto, quero alinhar Toda a sua vontade na minha vida, mas no nivel concreto seguinte, posso querer ser instrumento do teu reino para os outros. Existir para que o teu Amor conflua nas suas vontades, nos seus afectos, nos seus momentos sexuais. Eu quero ser mais neste mundo. Quero ser amiga, sinal de mais vida, de melhor vida. Quero estar com estes homens e estas mulheres que procuram, tanto como eu, afecto e companhia. Eu sou, naturalmente, isso, em sinceridade e espontaneamente. Mas posso nao o ser as cegas e loucamente e conforme vier o vento. Posso se-lo de forma confirmada, consolidada, livre de mim e das minhas decisoes. Posso se-lo Conti

Paixão antiga

As paixões mais intensas são mesmo assim. Muito se diz, muito se pensa até que um dia se chega à indiferença. Não tenho nada de novo a dizer sobre isto. Nem a ti. Depois da intensidade, depois da fome de ti, da procura, depois de revirar o mundo para estar contigo, é o nada que o substitui. É o nada que me apetece. É a ausência. É o vazio. Preferia entregar-me hoje ao nada. Nada sentir. Nada saber. Nada sentir. Por todo o tempo em que sufoquei na ânsia de ter ver e de ter sentir comigo. Hoje, no cansaço, é o nada que me preenche. Trato-te como todas as outras paixões do passado. Quero o melhor para ti. Sou o melhor para ti. Estou aqui. Mas já não te quero em mim. Desculpa-me.

Sou inconstante no meu trabalho

Sou estupidamente inconstante no meu trabalho, na minha capacidade cognitiva. Porque sou constante nos afectos. E é a isso que me agarro para não pensar mal de mim, para não deitar quem sou ao lixo. Minha querida, és inconstante a trabalhar, porque és constante e fiel aos teus afectos. Quando o mundo emocional precisa de mais dedicação, de arrumar mais a tenda dos afectos, de perceber, clarificar, arejar aquilo que se sente, então, esse mundo leva toda a energia e toda a vontade de viver. Não se pode descurar a vida e aquilo que sentimos! Se sou constante com os afectos, se podem confiar em mim plenamente, então, é porque deixarei livremente as obrigações profissionais para saciar as obrigações emocionais. Pena é que ninguém veja estas. Como é que, visto de fora, valorizam o longo trabalho íntimo e pessoal de reconstrução, de evolução emocional? Como é que, visto de fora, se percebe que prezo mais o meu crescimento como pessoa humana e que sente e que sofre e que vive intensa

Se eu me apaixonasse agora?

Se eu me apaixonasse agora e fosse correspondida, como seria a sensação? Se a pessoa que eu pouco tenho coragem de desejar que fique por perto também se sentisse interessada em conhecer-me, em ter-me por perto, a deixar-se cuidar por mim, como seria a sensação? Vocês que sabem como é, contem-me. Viver a vida em igualdade de amor, como é? Já não me lembro. Venham cuidar de mim, com a mesma sinceridade que cuido de vocês. Sejam na minha vida, sem eu ter que pedir, só porque sentem de mim que preciso. Quero mais amor na minha vida, no meu tempo. Quero mais. Não me abandonem. E se me falham, não venham depois esperar que tudo continue igual. Gosto de constância nos afectos. Sou frágil, preciso que continuidade nas relações que me são importantes. E preciso de entrega e de sinceridade. Eu prometo cumprir a minha parte, a sério.

Nao cair junto com os seus mundos

Será que e aceitavel ficar ansiosa por sentir o mumdo de outra pessoa a cair? E levar o meu atras? Tenho medo. Quero seguranca. Quero encontrar as pessoas certas e conseguir mante-las na minha vida nos momentos adequados. Quero saber que vivo ja a vida no seu expoente maximo. Quero tanto e empenho-me a serio no querer. Mas nem sempre procuro viver o concreto. Ajuda-me a ser proxima e concreta na vida daqueles que me aproximam de Ti. Ajuda-me.

Somos portadoras de vaginas. Até conquistarmos individualidade.

Nós adoramos saber que somos diferentes. Nós adoramos saber que os outros tratam toda a gente segundo um certo padrão e nós segundo outro. Sentirmo-nos privilegiadas. Até que o mundo cai. Até que somos apenas mais uma, sem identidade, sem definição pessoal, sem características. Até vermos que as piadas que nos fazem são as mesmas, que as linhas orientadoras de discurso são as mesmas, que tudo no universo é o mesmo. Somos um mar de mulheres. Mulheres com vaginas. Somos portadoras de vaginas. Até conquistarmos individualidade. Mulheres que serão dominadas nas mesmas posições, com as mesmas velocidades, nos mesmos cantos da cidade. Somos mulheres que recebem o mesmo sorriso. Não somos individuais. Enquanto o mundo corre sem sobressaltos, não existimos como nós próprias, mas apenas como indivíduos a conquistar. O prémio é, suavemente, fazermos saber que abriremos as pernas. Ainda que estejamos a conversar segundo o mais elegante dos modos e com o mais digno dos homens. A naturez

João Lucas e Marcelo - Tchu Tcha Tcha (Hit Neymar) (Official Music Video)

Fica difícil viver assim

Fica difícil viver assim. Fica difícil sentir ou perceber. Fica difícil sair desta vida parada, sem rumo. Fica difícil acreditar, lutar, ter esperança. Estou sinceramente triste e cansada do rumo que a vida toma. Estou aborrecida com as escolhas que faço. Estou triste por ser tão frágil, tão pequena. Tão chata, tão incómoda. Às vezes, eu gostaria de estar noutro mundo, de ser outra pessoa. Pensar menos, sofrer menos. Sei que devo fugir, fisicamente, mover o mundo para outra direcção. O que me é pedido que seja e que faça perante todo este mundo e todas estas situações? Procurar alinhar a minha vida segundo a confluência o que é? Surda àquilo que o universo pede, eu imploro-lhe que me faça avançar a vida. Imploro que tudo acelere e que parta, que rasgue, que dilacere sem fim, sem limites. Imploro que o mundo caía para sempre, que não reconheça mais esta realidade, que me pareça estranha. Que este não ser desapareça. Universo, qual é a tua? O que raio faço aqui, perdida longe

Sou violência contigo. Sem mais.

Fico fechada, fico cansada e desapareço. Deixo-me reger por outras leis que não as minhas. Dissolvo-me no mundo superficial e do instinto e do mundano e dos sentimentos daquele momento. Eu deveria fugir de ti como quem sabe o que aí vem. Eu deveria fugir de ti como quem consegue espreitar o futuro e saber tudo aquilo que lá vinha. Eu conseguia perguntar ao Universo onde tudo isto levava. Eu escrevi sobre todo este futuro de prisão e de além sentimentos e de sexo errático. Eu escrevi isto tudo. Conheço-te na dimensão da previsão. Sei prever-te. Sei colocar-te em situações e saber o que acontece a seguir. E inervas-me. E chego a odiar-te. Eu batia-te se aparecesses aqui. Eu seria violenta contigo. Por todo o mal que me tens feito estes anos. Gente inútil! Gente que desperdiça a minha vida e que a leva para o nível da sarjeta. Gente que não me preserva, que não me cuida, que não existe em comunidade, em humanidade. És o exemplo daquilo que odeio e que desejo. Desejo-te. Horrivelmente.

A idade nao perdoa

Todo o fogo que arde em ti e que vejo ser sincero. Toda a vontade de fluir energia. Toda a vontade que tens, que vives. E a idade nao perdoa. O teu cansaco, o teu aspecto envelhecido, nao perdoa. Ainda que tudo queiras e que para tudo obteres te empenhes, tornas-te despropsito. O universo tem pena. Que tenhas toda a energia e toda a vontade e ja nao tenhas o bom aspecto ou a boa idade que ja tiveste. O universo tem pena, mas nada pode fazer.