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A mostrar mensagens de dezembro, 2010

El cennario

O dia de hoje não foi frutífero. O meu orientador de estágio, finalmente, disse que se estava a cagar para mim. Que até podia ter muito para ensinar, mas que não tinha paciência. E acho que me caiu tudo. O desdém, o desprezo, incomodam-me. E hoje bateu a solidão. Aperceber-se de todas aquelas vezes de companhia de secretária, lado-a-lado, das piadas, dos momentos, para nada. Que não me foram alegrando por aí além. Que não engrandeceram a companhia ou melhoraram o momento. És óptima, mas não te quero como aluna, estás aqui porque mandaram. Que cenário.
O meu pensamento elevado do outro dia foi: Não gosto que se diga "Graças a Deus" quando as coisas correm bem, porque senão teríamos também que dizer "Graças a Deus" quando as coisas, aos nossos olhos, correm mal. Poderíamos, sim, em vez disso, agradecer por estar na nossa consciência todo o bem que Deus nos fez. Ao invés, rezaríamos, desculpa Deus, por eu não perceber o bem que me estás a fazer agora, e não poder dar-te graças. Pessoas que repetem incessantemente "Graças a Deus" aborrecem-me, porque só estão a ver uma parte. E só vêem essa parte e Deus quando corre bem.
Sentimento: Frustração. Porque não estou tão bem nem sou tão boa como gostava de me sentir. Ansiolíticos. Café. Viver tudo no máximo. Plano para hoje: limpar a casa, enquanto o meu corpo tropeça. e com a minha consciência? o que faço?
Categorizei os artigos. E decidi a importância que tinham, para que uns fossem confortavelmente lidos antes dos demais. E agora vejo que "aquele grupo também é importante". Procuro a calma. Procuro tornar sensação física o saber consciente "vais ler todos, e ficar saciada". O fim está próximo. E vais contemplá-lo, sabendo que cumpriste o que se pretendia e o que tu própria pretendias. Amo-te.

Desta sensação eu já não me lembrava

Sabem, desta sensação eu já não me lembrava. O mais real que consigo descrever isto (e acho que até sou boa com palavras) é "tristeza orgânica". Um bocadinho como me diziam no outro dia "deixo-me entrar em espirais de tristeza", e aquilo que faço não me parece suficiente para ultrapassar. Uma questão de esperar. Esperar em consciência "tem calma, pensa noutra coisa, sabes que isto vai passar, sabes que virá o bom outra vez". Uma questão de dar nomes ao que sinto. O que sinto é solidão. O que sinto é estar a ser desvalorizada. O que sinto é desesperança. Isto, é claro, a par de alguns acontecimentos de vida que se repetem a si mesmos, com os quais não posso mais. E que me atropelam. A outra forma de fazer, aquela a que tenho recorrido com agrado, com prazer, com resultados, é a rede de vida que me rodeia. Estou privada dela. E isso deixa-me em ansiedade. E é normal. A solidão magoa e é normal. Eu já tinha aprendido, ter conversas sobre as coisas más que aco
sinto burburinho. sinto ligeira excitação. entusiasmo. vou para lá. ficar quietinha e fazer o que sei. lembro-me de outros momentos. tão quentes e tão agradáveis que foram. tenho saudades. hoje, tenho saudades. tudo vem de Deus. com Deus. é aí que procuro existir. e é de onde hás-de aparecer.