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A mostrar mensagens de abril, 2010

Sem saber para onde me vire

Há dias, como hoje, em que me parece que nada fiz. Em que corro em todas as direcções para encontrar aprovação, para que alguém me diga o que sente. Para que alguém dê razão de ser ao que sinto. Apenas porque destruíram com ousadia aquilo que eu sentia. Tenho que ouvir verdades cheias de mentira acerca de mim. E tenho que calar-me. Têm que me dizer coisas desligadas do real, convencer-me que são verdade. Convencer-me que são a verdade acerca de mim que eu desconheço. Mas não são. Não quero ouvir mais. Não quero saber mais. A única que sabe de mim sou eu. A única que me ama sou eu. Não quero mais. Quero a separação, para bem da minha saúde. E procuro-vos. Quero ligar-me a vocês. Quero encontrar-me com vocês. Pertencer a vocês. Para ser menos disto. Para saber quem eu sou. Para justificar para mim que não sou todas aquelas aldrabices doentes. A doença que me persegue. Corro, mas alcança-me. Não sou o que vês, porque estás cego e não vês o real. Lamento. Perdida, sem saber para onde me vi