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A mostrar mensagens de março, 2012

Dormir. Na paz.

Posso ir dormir com paz? Posso esquecer toda a emoção deste mundo e ir procurar o mundo de fantasia? Posso ignorar os meus erros e perdoar-me? E ir dormir?

Perdão de si próprio

Sinto vergonha de algumas coisas que faço. Sinto vergonha de me entregar tão livremente, sem medo do que os outros pensem. No momento, no impulso, entrego-me livre. E depois, muito depois, anos ou meses depois, vem o arrependimento. Vem o sofrimento. Encarando as múltiplas e incontáveis situações, à distancia, apenas me lembro das pausas constrangedoras que se seguiram. Ou do mal-estar que gerei. Dizem-me, amigos, que sou linda por ser assim. Que sou livre de preconceitos e daquilo que esperam de mim. Dizem que não devo sofrer por isso. Dizem que sou corajosa e sincera. E única na minha liberdade e na minha sinceridade. Dizem. E aquilo que fica é a vergonha e o arrependimento, horas a fim, enquanto passa a cassete do Best of Asneiras. Quando eu me perdoar, os meus pecados ser-me-ão perdoados. Assim confio, assim espero. E para isso me sento aqui, diante do espelho da blogosphera, à espera da remissão dos meus pecados. Perdoa-me. Perdoa-te. Perdão. Perdoo-me. Perdoo-me. Pe

A quem ler isto:

fico contente que passes por aqui. espero ser útil ao teu crescimento. aqui torno visível e clara a minha luta diária. a minha busca de equilíbrio emocional. aquilo que aqui está é real, ainda que mal escrito ou mal pensado. eterno trabalho inacabado. a ti, que aqui vens, fico contente que passes por aqui. um dia escreves para mim? tão sincero como escrevo para ti? com os melhores cumprimentos, eu.

Numero 3

As coisas essenciais essenciais para uma maior qualidade de estudo são supérfluas. Essencial é sentar-se, limpar a cabeça e estudar. Aquilo que te apaixona e que irá trazer maior qualidade ao estudo, não vai. Essencial é sentar-se, limpar a cabeça e estudar. Não te dissolvas nas paixões, porque elas passam, são fugazes na sua benesse e não saciam (nem tampouco enquanto as procuras intensamente). Quando ficam satisfeitas, essas paixões deixam um vazio. O vazio que leva à busca de novas saciedades. O vazio ansioso, de procura intensa. Sabemos que procuras mais e melhor vida. Sabemos que mereces mais e melhor vida. Mas quando a procuras dessa forma, não a encontras. Consegues perceber isso? Custa-te escrever isto. E não queres viver segundo isto.

Apagar a emoção desse momento

Aquele pequeno almoço tenebroso. Um monte de expectativa e de frustração. De sonhos a serem julgados. Com bondade bilateral. Ambos quisemos o melhor para o outro. Ambos falámos livremente, para melhorar a vida do outro. Ambos deixámos marcas, dolorosas, comentários mais além que o aguentável. Desculpa, universo, as vezes que fui à vida do outro dizer-lhe coisas que ele não podia ouvir. Desculpa, universo, as vezes que fui à vida do outro fazer reparos que não o levaram mais além. As vezes que perturbei a saúde. As vezes que deitei abaixo com o meu excesso de entusiasmo, clareza e energia. Desculpa-me universo. Desculpa-me. Concede-me o perdão e eu poderei conceber ser livre disso e perdoar as vezes que o fizeste na minha vida. Como foi o caso desse pequeno-almoço das trevas. Esse pequeno -almoço marcado em cima do joelho. Esse pequeno-almoço infortúnio do destino. Inventado, pressionado, não-natural. Esse efeito do ego e do bem-fazer. Marcou-se porque era o socialmente ma

Dica 2

Há medo de te apaixonares pela matéria que um dia te recusaste a estudar. Há medo de caíres profundamente nela. Há medo que isso te aproxime de alguém de quem não gostas. Ligações emocionais entre a matéria e a pessoa alheia. Difícil de conseguir fazer a separação. Está gravado nas sinapses. É uma auto-estrada mental. É possível criar novas ligações emocionais. É possível não haver mais nenhum apego ou dependência emocional de tal pessoa. É possível haver ainda apego, mas não estar relacionado com a matéria que estudas. Descobrir as novidades de uma série de doenças que pareciam desinteressantes e que trazem à memória dificuldades e emoções dolorosas. Descobrir. Criar. Acreditar. Não superficialmente, lembrando-se do que foi e do que pode ser, mas lendo palavra a palavra. Ter coragem de ultrapassar o medo e as emoções antigas e ler palavra-a-palavra, como quem se descobre a si naquela nova forma de leitura. Ler dolorosamente uma coisa e conseguir transformar aquilo que

Nota Mental - Dica de Estudo 1

Ainda que não te lembres, dedicaste tempo de qualidade a estudar isto. Ainda que não confies no trabalho que fizeste da última vez, conseguiste seleccionar aquilo que importava. Os vagos conceitos que tens sobre essas doenças são suficientes para o nível em que estás. As vagas ideias que tens sobre essas doenças são fruto de uma vida dedicada que tiveste.

Descer ao fundo.

Contento-me, não raras vezes, por perceber aquilo que, superficialmente, me falta. E, outras vezes, percebo que apenas saber superficialmente aquilo que me falta não define exactamente aquilo de que preciso. Se eu apenas consigo elaborar frases do tipo "acho que preciso de companhia para almoçar", isso não me permite ir ao fundo da questão. Não me permite perceber a real necessidade que tenho na vida. Sei que estou descontente com a vida. Sei que estou descontente com o modo como as coisas estão colocadas na minha vida. Mas não sei o quê. Nem como. Não sei sobre o que devo actuar. Para não descobrir dolorosamente a verdade de mim e daquilo que não faço e não vivo exemplarmente, não chego a descer a parte nenhuma. Este modelo de actuação funciona bem durante uns tempos. Até que nos sentimos descontentes e não sabemos o que fazer. Porque nada de doloroso ou problemático está claramente identificado. Ou porque, ainda que o identifiquemos, não há como o exteriorizar. Pre
There is no safe place. Não há nenhum lugar seguro. Não há lugar que nos dê segurança, do exterior. Não é o sítio nem as pessoas que são o refúgio. É o nosso interior que nos confere sentimento e sensação de segurança.
Custa-me escrever. Custa-me sentar e enfrentar que pouco ou nada sei sobre mim. A vida foi mudando e eu fui acreditando que estava igual ao que estava. Nestes dias evito olhar para o meu interior. E não penso. E procuro sentir num nível constante as emoções. A solução para o mal-estar está em manter a coerência. Reger-se segundo os padrões anteriores e continuar em frente. Não há segredos de felicidade escondidos, já sabemos os segredos todos. Mas não nos lembramos de todas as maneiras de ultrapassar as dificuldades, lembramo-nos mais facilmente daquelas que utilizámos mais recentemente. Nenhum problema nisso. Reutilizar antigas tácticas. Relembrá-las. Custa, mas chegamos lá. Eventualmente.