Sinto vergonha de algumas coisas que faço.
Sinto vergonha de me entregar tão livremente, sem medo do que os outros pensem.
No momento, no impulso, entrego-me livre. E depois, muito depois, anos ou meses depois, vem o arrependimento. Vem o sofrimento.
Encarando as múltiplas e incontáveis situações, à distancia, apenas me lembro das pausas constrangedoras que se seguiram. Ou do mal-estar que gerei.
Dizem-me, amigos, que sou linda por ser assim. Que sou livre de preconceitos e daquilo que esperam de mim. Dizem que não devo sofrer por isso. Dizem que sou corajosa e sincera. E única na minha liberdade e na minha sinceridade. Dizem. E aquilo que fica é a vergonha e o arrependimento, horas a fim, enquanto passa a cassete do Best of Asneiras.
Quando eu me perdoar, os meus pecados ser-me-ão perdoados. Assim confio, assim espero. E para isso me sento aqui, diante do espelho da blogosphera, à espera da remissão dos meus pecados.
Perdoa-me. Perdoa-te. Perdão.
Perdoo-me. Perdoo-me. Perdoo-me.
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