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A mostrar mensagens de março, 2014

Pousar depois da agitação

Eu não tenho pressa de morrer. Talvez por isso também não tenha pressa de viver. Não ocupo o tempo, deixo-me mover pela vida. Agora que já estou habituada à dureza deste estágio e deste tempo ocupado não tenho nenhum objectivo concreto que me puxe. Depois de viver cheia de afazeres e de quasi-sofrimento, desce o coração, disponível, ao meu colo. E fico-me, quietificada. O primeiro sentimento trazido por este espaço para existir como indivíduo não é de paz, não é de alegria, é de vazio. O coração e a Vida estão vazios. Não sei bem, logo à primeira vista, que objectivos de vida tenho a curto prazo. Não sei o que fazer com o tempo livre e com o coração aberto à vida, aos outros, ou a mim. Depois de movimentações e de se procurarem equilíbrios entre aquilo que o mundo exige e o nível onde conseguimos responder-lhes, vem o espaço em aberto. Aberto, apresento o meu coração a Deus. Finalmente vem a humildade de o deixar olhar e falar na minha linguagem. Finalmen