Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de outubro, 2011

Paz a mim. Que existo.

Paz à minha alma. Paz ao meu corpo. Que passeia, que navega, que se dislumbra e se esmera. Paz ao meu esforço. Em tudo, a tudo, a todos, para o melhor, constantemente. Paz a mim que existo neste mundo. Paz a mim que não páro o corpo. Paz a mim que, quando páro o corpo, me deixo borbulhar de ansiedade e em 1001 pensamentos prementes e essenciais. Paz a mim que estou cansada para estudar. E paz a mim que estou com o coração cansado por causa do café que bebi para estudar. Paz a mim , cujo único propósito de vida é existir, permitir-me existir. Paz a mim , que amo o simples, o concreto, o real, o linear. Paz a mim que não procuro, não peço, nem vitimizo na ânsia do complexo ou da super-perfeição. Paz a mim, que a mereço. A paz. Paz a mim que mereço a paz. Paz a mim qu mereço saber que estou e que sou , onde já existo. Paz a mim que amo e que sonho e que existo. Paz a mim , sem pressas, sem atropelos, sem promessas ou compromissos bacocos. Paz a mim. Que existo.

Pedido para sentir

Vou pedir um desejo ao Menino Jesus, que está no céu. Vou pedir que eu consiga sentir. Que seja possível em mim sentir. Em vez de bloquear tudo o que venha a mim. Não ser a máquina, a Deusa, a Glória, que esperam de mim e que eu quero também conhecer de mim. Quero sofrer, se houver reversos. Quero ser contente, se houver inexpectáveis bênçãos. Quero sentir, ó Menino Jesus ! Que eu possa sentir. Sentir. Que possa eu ser sentimentos. Que eu possa ser humana. Que eu possa ser real. Como Tu. Menino Jesus, estás a ouvir-me ? Quero saltar de uma ponte e sentir a gravidade. Quero conduzir depressa nas curvas e sentir a força G. Quero mudar de cidade e sentir-me sozinha e perdida. Quero voltar à minha cidade e sentir-me amada. Quero sentir sucesso. E quero sentir fracasso. Quero sentir que domino. E que não valho nada. Quero sentir. Já chega de apatias, de perfeitas aparências, de ser o que se espera. Não-sentir é o melhor para não exigir do exterior. Não-sentir é o me

Arrefecer as emoções

Vais deixar passar mais que duas semanas. Vais conseguir arrefecer o que sinto e o que quero. Quando se tem medo daquilo que se quer ou daquilo a que vamos ser obrigados, deixamos arrefecer. É uma bela maneira de protecção de si próprio, bela política de evicção de conflitos, de confrontos, de angústias. Vais conseguir arrefecer-me. Até que nada daquilo que foi proposto faça sentido. O teu não parecerá legítimo, atempado e adequado (terei esquecido a minha emoção primária - as emoções prescrevem). O teu sim deixar-me-á novamente à procura de existência sólida (sem o manifestar, vivido nos mundo internos). À procura da emoção primária. Deixar arrefecer, forma sábia e madura de tornar linear e simples perguntas abanadoras da nossa vida. "-Queres ir para a cama hoje? - Hoje não posso, marcamos amanhã? Eventualmente?" Não foi nada disto. Mas poderia ter sido num registo de diálogo simples, semelhante a este. E assim se prossegue, um a digerir e a preparar-se intername

Amanhã escrevo sobre doença!

Sei que não escrevi e que devia tê-lo feito. Para respeito de quem aqui vem, para respeito de mim própria e da minha rotina. Mas hoje sinto-me doente. Apática, afónica, ausente. Amanhã sento-me e escrevo sobre doença. Faço um esforço. Faço um esforço, amanhã, para escrever sobre doença. Eu que me esforço bem mais por escrever sobre soluções e sobre ampliações do mundo que conhecemos. Amanhã faço um esforço para assumir, partilhar e escrever sobre doença. Até lá, carburo com Paracetamol e Ibuprofeno alternados. E com café. Ou Redbull, vou avaliar necessidade.

O que vem a seguir?

Pronto. Não há mais nada sobre o que escrever, não há mais nada sobre o que ler. Secou a fonte, secou a inspiração. O que vem a seguir? Como é que sabemos o que vem a seguir? Quando aquilo que escolhemos já não nos apetece, como é que lidamos com o futuro desconhecido?

Coagir uma alma irmã?

Respeitar o outro. Abanar as almas na medida das suas vontades. Um pouco como o Ser Superior faz connosco. Onde é que já se viu eu mesma me sentir coagida negativamente a agir segundo a Sua Vontade? Que paciência que o Universo tem connosco quando respeita a nossa individualidade. Que respeito tem! E eu tenho tão pouco. Obrigo-me. Imponho-me. Intermeio-me por entre os espaços apertados que sobram. Mas preciso. Luto por mim. Não quero que me queiram. Mas quero saber. Ignorância e não-verdades são as minhas mutilações. Que não aceito mais. Não precisas entregar-te ou confiar-te. Mas preciso do não. Peço ao Universo o não que mereço.

A tristeza que nos transporta

Sonho, e deixo-me envolver pelo vento. No suspiro deste instante. A tristeza que foi, que é, que existe. Ondulante. Cambaleio. Duvido. Levanto-me ou desfaleço? A tristeza que transportamos, até a encararmos, transporta-nos. Como o vento. Até a encararmos, não sabemos quem é. Ou do que se trata. Não conseguimos actuar sobre ela. Até querermos. Até podermos. Até termos equilíbrio emocional, estofo social e vontade. Vontade que traz vontade. Estofo que traz estofo. Equilíbrio que traz equilíbrio. Até tudo estar perfeitamente reunido do lado fora de nós mesmos, aguardamos. Transportados pelo vento. Reféns das suas forças, dos seus poderes. Reféns de nós mesmos. Reféns das falsas necessidades que assuminos. Que prioritizamos. E para essa vossa tristeza não tenho solução, não tenho conselhos, não tenho palavras. Não tenho senão a minha vida. Dizer-vos, com amor, que estou aqui. Que olho por vocês. Que vos deixo cair em tristeza, mas não demasiado. Que vos quero bem e vos

Viver meia-vida, com medo da outra metade

A vida não se esgota nisto que consigo ver e fazer e conhecer. Não preciso de ter medo de avançar, haverá sempre mais e mais de onde tudo isto veio. Virá mais conhecimento, mais prazer, mais paixão. Virá mais loucura, mais interesse, mais descanso. Mais saúde, mais tempo, mais problemas e soluções. Não preciso bloquear a evolução do meu mundo. Ficar entretida apenas neste meio-mundo, meio-tempo, meio-termo. Meio-cheio, meio-vazio. O medo do outro meio bloqueia a minha vida e não me traz proveito. Se me sinto liberta por aqui, então ir é o caminho. Sem medo. Virá mais de onde tudo isto veio .

Perdoem-me

O meu pecado. Hoje, qual é o meu pecado? Hoje, porque não me sinto alinhada? Hoje, porque não me sinto perdoada? Porque me sinto ' de menos' ? Quero quero quero ser tanto mais. E, ainda assim, sou tão pequena. Imperfeita, corrompida. Perdoem-me. Perdoem-me se contam comigo e não estou. Perdoem-me se sou inutilmente menos do que me esforço por ser. Perdoem-me. Paz a ti, que és amado. Paz a mim, que também o sou. "Pedir perdão, não por mania, mas por perdão. Quando amamos verdadeiramente a alguém, até os esquecimentos precisam de perdão." in Passo-a-Rezar (14Out2011)

No que pensas, pequenina, quando andas pelo mundo?

No que pensas, pequenina, quando andas pelo mundo? No que é que te guias para saberes que a tua direcção é A TUA direcção? Como fazes tu para negar o que negas e não te sentires terrível? Porque negas o que negas? Dizer que sim é sempre sempre tão mais fácil, tão mais a jeito. E digo que não, reiteradamente. E isso aperta-me o coração. Diria até que estou a sofrer. Mas tem que ser. Os não's que dizemos definem o tipo de órbita segundo a qual viajamos. Tal como definem as órbitas de quem vem em viagem ao nosso lado. No que é que pensas, pequenina, quando andas pelo mundo?

Recadinhos à la Facebook

Não gosto de recadinhos à la Facebook . Mas há quem procure nisso simplificar a vida. Alcançar libertação. Paz. Discordo. E não uso tal modo equívoco de expressão. Lançar ao universo e aguardar que "sirva a carapuça". Se fosse vidente, ousaria. Sou terrena. Sou humana. Sou simples. Verbalizo o que sinto. Os meus sim's e os meus não's . Olho para isto e penso, com segurança, pode ser para mim, pode ser para outro, pode ser para vários. Pode ser só porque não sai a música da cabeça. Ou porque se fez uma aposta. (Amanhã publico no meu mural uma aposta. Uma falsa decisão da minha vida  Nenhum recado a ninguém. Diversão e liberdade puras.) Se há recadinhos de Facebook no mundo, então não são para mim. Porque não os guardo, deixo-os a seguir caminho, até chocarem com outra alma. É o belo do "enfiar a carapuça" popular, numa versão actual chamada "+300 actualizações dos seus amigos" . Se prestássemos muita atenção a isso, já nem saberíamos qu

Vontade de morrer

«Encontrarão e criarão vida ainda com maior mestria quando compreenderem que cada momento é uma morte. Cada momento é o fim da vida como eram, e o início da vossa nova vida como o que escolhem ser. A cada momento se recriam de novo. Fazem-no consciente ou inconscientemente, atentos ou completamente alheios ao que se passa. Não têm de se defrontar com o momento a que antes chamaram de "morte" para experienciarem mais vida. Podem experienciar mais vida sempre que quiserem, de centenas de maneiras diferentes, em centenas de alturas diferentes - no momento do nascimento, no momento da morte ou em qualquer outro intermédio. (...) A forma de produzir mais vida é experienciar mais morte. Não deixem que a morte seja uma coisa uma-vez-na-vida! Experienciem cada momento da vida como uma morte, pois é isso, na verdade, quando definem a morte. Ela é o fim de uma experiência e o início de outra. Ao fazê-lo, podem fazer um pequeno funeral de cada momento que acabo

Deixa-me.

Deixa-me estar contigo. Deixa-me sentir-te, só mais um tempo. Deixa-me saber da tua força, rasgada, corrompida. Deixa-me ser morta ao teu lado. Deixa-me estar. Ou afasta-te. Finalmente afasta-te. Com grandeza, com podridão, com sabedoria. Deixa-me ser eu. Deixa-me aceitar-me como sou, pequenina. Agora, sim. Não é mais a grandeza que quero. Não é mais o melhor, nem o mais, nem o pouco-mau que procuro. É a terra. É o centro. É a certeza. Enfrentar o falso que criei e que amei. Enfrentar o não-ser que fui. Compreender-me. Amar-me. Não muito, mas na terra. Aquela onde estou, aquela que tenho.

Nota da minha parede

 Se desenho para ti um exercício chamado "Aprender a dizer Não", então, preciso da aula "Dizer claramente aquilo que sinto". Quem precisa mais?  Quem vai aprender mais rápido?  Quem será mais útil?

Dissolvo-me em ti

Durmo sobressaltada. As paredes fecham-se sobre mim, oprimem-me. Aquilo que é esperado de mim desordena-me, limita-me. Não gosto que esperem de mim. Que confiem em mim. Juro que às vezes preferia ser sempre a péssima, de quem nada se espera, escondida em si mesma. Em grandes missões, em grandes apostas, em grandes vivências, dissolvo-me. Torno-me disforme, qual polvo que almeja um mar tão maior que si próprio. Misturo o que quero, com o que não quero. Misturo os desejos aos medos. Confundo-me, engano-me. Fico perdida. E, assim, uma dança que sei perfeitamente dançar torna-se num improviso medíocre e aflitivo. Para quem o dança e para quem a ele assiste. Dissolvo-me em ti, como o polvo se dissolve no mar. Danifico a coerência interna. Não assumo o que quero, nem o que não quero. Fico pela superfície, ainda que dando a entender que sou um poço de complicações e de limitações. Não o sendo, sou-o. Limito-me para não assustar. Assusto com o que não-sou, em vez de ser po

Alinhar palavras para alcançar a liberdade

Invade o vazio, a ausência de palavras. Com calma ou com ansiedade, insurgências contra as palavras. Hoje faltam as palavras. As mesmas palavras que alinham pensamentos, que nomeiam estados de alma, estados de sentir. Palavras que transmitem, que analisam. Palavras para libertar o recluso que há em nós. Palavras escolhidas. Tentativa de alinhar quem somos, perante a nossa elevada consciência própria, perante a nossa exigência e aquela de quem nos acompanha. Pretendemos sempre, mais ou menos, ter uma vida amena, simples, linear. Em que a nossa liberdade prossiga sem atropelos de maior. Existir como somos, naturalmente, sem constantes entraves. Clarificarmo-nos em palavras justas e adequadas é um passo essencial para a nossa liberdade. Ajustarmos os outros às nossas pretensões. Permitirmos que existam na sua plenitude, na sua liberdade, sem nos oprimirem em suas decisões. Palavras e um comportamento inequívoco são a via para existir pacificamente com os demais. Palavra

Venha a mim a tua paz

Venha a mim a tua paz. Agora, que eu preciso. Agora que imploro. Agora que sei o que quero. Venha a nós a tua paz. Agora que sabemos como fazer. Agora que há esperança e vontade. Venha a mim. Peço-te. Sê comigo. Amplia a minha vida. Permite-me abraçar este trabalho. Permite-me aumentar a minha concentração, a minha vontade, a minha esperança. Quero ser una contigo e com o universo. Quero-me. Em plenitude. Ordenada. Coerente. Inteiramente dedicada. Que venha a mim a tua paz.

Secretamente sei.

Secretamente sei que me admiras. Secretamente sei que ouves o que eu digo. Que pensas naquilo que eu digo. Secretamente sei que adoras quem eu sou naturalmente. Secretamente sei que faço diferença na tua vida. Secretamente sei que sou papagaio de tudo o que já sabes. Que não trago nada de novo. Secretamente sei que sou mais uma com lições, com aulas, com explicações. Com oculto para te revelar. Secretamente sei. No mundo real, não sei de nada. E procuro aprovação exterior.

O que autorizarias que um amigo perfeito fizesse por ti?

O que autorizarias que um amigo perfeito fizesse por ti? Amanhã, quando estiveres enfadado, senta-se e pensa nisso. Na tua existência concreta, o que autorizarias que um amigo perfeito fizesse por ti? Acho isto uma forma muito pura de analisar a minha vida. Imaginar alguém exterior a mim e alguém que é perfeito a tentar ajudar-me na minha vida. Em que pontos sinto que preciso de ajuda? Se alguém perfeito interviesse na tua vida, que território achas que ele iria escolher? Que pensamento bonito e puro. Aceitar ser revista por alguém exterior. Submeter-se à sua visão e intervenção. Mas como se trata de alguém perfeito, saber com o nosso coração que não nos quer mal. Que não faz nada para nos magoar. Que não faz nada para si próprio. O seu ganho somos nós mesmos. A nossa existência e plenitude é o seu ganho. E de tudo o que há no mundo, investir em nós é o que o amigo perfeito escolhe. E, ainda assim, o que autorizarias que esse amigo perfeito fizesse por ti? Que tipo de i

Palcos da nossa existência

Encontrarmo-nos com alguém é haver um espaço de existência conjunta. Torná-lo útil e importante pode ser uma escolha. Fugir da sua intensidade e simplificá-lo pode ser outra escolha. Quando nos sentamos com alguém, procuramos preencher esse espaço com o quê? Com o que somos? Com o que queremos ser? Com o que precisamos que sejam? Com o que for importante para o outro? Quero crer que uma vida em equilíbrio passa por permitir que haja equilíbrio nestas proporções também. Permitir que cada um dos nossos encontros seja vivido em intensidade, em sinceridade, em liberdade. Mas também em proporcionalidade. Todos temos necessidades de palcos. Necessidades de existir imponentemente. Necessidade de saber que somos correcto e válidos como somos. Mas... ainda assim... quando temos palco aceitamos partihá-lo com o nosso interlocutor? Aceitamos suas críticas e seus devaneios? Aceitamos a dureza das suas palavras? Dos seus reparos? Isto seria um bom ponto de equilíbrio. Existir e per

Viver acordado

Andamos pelo mundo completamente descalços. Andamos pelas emoções sem protecção. Andamos pela vida sem saber o que é a vida. Porque não pensamos. Porque não nos quietificamos a avaliar. Porque temos medo. Medo de matar quem somos. Aquilo que conhecemos de nós. Aquilo que alcançamos. E ficamos onde estamos. Cheios de confianças. Confiança verdadeira. Palpável, credível. Confiança! Mas há constantemente um outro mundo à nossa espera. Um mundo novo. Em cada segundo, a cada decisão. Mas também há o mundo do desvio imenso àquilo que temos. Diferente daquele que agora conhecemos. Há um mundo se estendermos a mão para o colher. Se o procurarmos. Se aceitarmos que podemos beneficiar. Se aceitarmos que pode vir lá melhor. Se aceitarmos, ao menos, que há a possibilidade de ter melhor. De sentir melhor. De saber melhor. De viver melhor. Há um mundo melhor para nós se nos desprendermos. Desprendimento. Daquilo que alcançámos. Que alcançámos certamente com sacrifício. Com dor. Com