Invade o vazio, a ausência de palavras.
Com calma ou com ansiedade, insurgências contra as palavras.
Hoje faltam as palavras.
As mesmas palavras que alinham pensamentos, que nomeiam estados de alma, estados de sentir.
Palavras que transmitem, que analisam. Palavras para libertar o recluso que há em nós.
Palavras escolhidas. Tentativa de alinhar quem somos, perante a nossa elevada consciência própria, perante a nossa exigência e aquela de quem nos acompanha.
Pretendemos sempre, mais ou menos, ter uma vida amena, simples, linear. Em que a nossa liberdade prossiga sem atropelos de maior. Existir como somos, naturalmente, sem constantes entraves.
Clarificarmo-nos em palavras justas e adequadas é um passo essencial para a nossa liberdade.
Ajustarmos os outros às nossas pretensões. Permitirmos que existam na sua plenitude, na sua liberdade, sem nos oprimirem em suas decisões.
Palavras e um comportamento inequívoco são a via para existir pacificamente com os demais.
Palavras claras e transparentes são a forma plena de respeito pelo outro.
Saber e dar a saber ao outro que é válido o suficiente para merecer nossas palavras.
Confiar que se ajustará a elas, em sua liberdade. Sem serem necessárias restrições ou cortes.
Apetece-me aprender diferente, treinar diferente, deixar Deus falar por mim diferente. E a ti?
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