“O homem foi criado para louvar, reverenciar e servir a Deus Nosso Senhor, e assim salvar a sua alma; e as outras coisas sobre a face da terra são criadas para o Homem, para que o ajudem a conseguir o fim para que é criado. Donde se segue que há de usar delas tanto quanto o ajudem a atingir o seu fim e há de privar-se delas tanto quanto dele o afastem. Pelo que é necessário tornar-nos indiferentes a respeito de todas as coisas criadas em tudo aquilo que depende da escolha do nosso livre-arbítrio, e não lhe é proibido.”
in Princípio e Fundamento, Santo Inácio de Loyola
A indiferença Inaciana não convida ao desapego como finalidade, mas à direcção dos nossos apegos, conforme nos aproximam ou afastam de Deus.
O que me inquieta? O que me traz paz?
O que identifico que vem do mundo? E o que vem de Deus?
O que me frustra? O que me realiza?
O ser interior superficial é sempre mais ruidoso e exigente, está ao nível dos nossos desejos mais imediatos e que atrapalham mais a nossa vivência. Não fiquemos pois pela superfície, quanto mais fundo formos, maior a surpresa do exercício.
“Se fossemos capazes de perceber o desejo mais profundo dentro de nós haveríamos de descobrir a vontade de Deus. (…) a vontade de Deus é a nossa liberdade. (…) É santo quem descobriu o seu desejo mais profundo: Faz o que quer, que é também o que Deus quer.”
Adaptado de Canónigos CVX
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