As paixões mais intensas são mesmo assim. Muito se diz, muito se pensa até que um dia se chega à indiferença.
Não tenho nada de novo a dizer sobre isto. Nem a ti.
Depois da intensidade, depois da fome de ti, da procura, depois de revirar o mundo para estar contigo, é o nada que o substitui.
É o nada que me apetece. É a ausência. É o vazio. Preferia entregar-me hoje ao nada. Nada sentir. Nada saber. Nada sentir. Por todo o tempo em que sufoquei na ânsia de ter ver e de ter sentir comigo. Hoje, no cansaço, é o nada que me preenche.
Trato-te como todas as outras paixões do passado. Quero o melhor para ti. Sou o melhor para ti. Estou aqui. Mas já não te quero em mim. Desculpa-me.
Comentários
Enviar um comentário