Foto minha - 1.4.2010 - Em caminho. |
Vamos falar de coisas práticas. Vamos falar de dinheiro.
Falemos de dinheiro. Regateemos o preço das cenas que vamos comprar.
Falemos de dinheiro. Que não seja assunto de sarjeta, de tabus. Que não contemos em segredo, em privado, o dinheiro que temos. Que não nos custe apenas o dinheiro quando metemos a mão ao bolso para pagar ao inútil do arrumador de carros. Ou na cestinha do ofertório.
Que nos custe o dinheiro da electricidade da lâmpada que escolhemos. Ou que não escolhemos e deixamos lá estar, sabem, aquela encandescente. Ah e tal, porque não gosto que demore a aquecer para dar luz em pleno. Ah e tal, porque a luz é muito branca. Que te custe esse dinheiro inútil em caprichos.
Que nos custe o dinheiro dos perfumes para casa de banho mais caros, mas que fazem o mesmo efeito. Que nos custe ir de gasóleo a dividir por um, em vez de gasóleo a dividir por cem. Que escolhamos esperar 20min na paragem de autocarro e usemos transportes públicos. Que nos custe.
Que nos custe pagar vacinas opcionais, para valorizar todo o demais dinheiro que já está empregue para nós nas outras vacinas comparticipadas. Que nos custe pagar pílulas não comparticipadas para aprendermos a ir recebê-las de borla ao centro de saúde (onde o Sistema de Saúde consegue negociar melhores preços pela quantidade que encomenda - para todo o país).
Que nos custe.
Que nos custe.
Não por termos menos, não por termos pouco, mas porque temos.
Apenas por termos em nossa posse e em nossa vida a decisão do que fazer com o dinheiro.
Decidamos em consciência. Mingue a nossa veia gastadeira sem eira nem beira. Mingue a cena do bora lá, ah ja paguei, ah ja gastei. Que nos custe. Que pensemos nisso tudo. Agora, ou tarde demais.
Que nos custe retrair o consumo em busca do preço mais baixo e prejudicar a economia. Que nos custe nao consumir no sítio devido. Que nos custe lentificar a economia e as pequenas vendas.
Em consciência. É o que peço.
Gastar. Equilibrar. Recolher. Em consciência.
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