Empreendo o meu corpo em invenções, que possam dar, literalmente, corpo às missões que idealizo e que imagino.
Escolhi um projecto de fim de curso, um projecto de fim de ano. Escolhi um projecto de fim de jornada. Decidi premiar o meu esforço e a minha vida com uma Missão de humanidade, em sinal de reconhecimento por todas as bênçãos que me vêm sendo dadas. Vou entregar a minha vida nas mãos e nos tempos de outros que as queiram aceitar.
É tão bom sentir isto. Que somos precisos, que somos preciosos, que somos importantes, valiosos, dádivas em alguma parte do mundo. Sentir que há carência de nós, tal e qual como somos. Sentir que, algures no mundo, a nossa pessoa, a nossa vida, a nossa formação profissional e a nossa capacidade técnica são úteis.
Sei bem que não são essenciais, sei bem que não mudam o mundo, sei bem que não melhoram as vidas das populações. Mas eu, como ser individual escolho brindar-me a mim mesma com esta experiência de altruísmo. Meus queridos pais, como prenda de fim de curso não quero um anel de curso, quero sentir que eventualmente sou dádiva ao mundo e que posso ajudar uns quantos. Sei que ajudarei apenas poucos e não toda uma multidão, uma população ou uma geração vindoura. Sei que o que vou fazer é um capricho meu, de quem quer sentir vida e utilidade prática do seu conhecimento e do seu esforço. Meus queridos pais, obrigada por apoiarem e por patrocinarem só mais um desvario.
Meus queridos amigos, venham todos comigo, se forem vossa vontade. Eu ajudo-vos. Prometo tratar de vocês como tratarei de mim.
Do nada viemos, e ao nada regressaremos. O modo como escolhemos existir é tudo aquilo que nos importa. É tudo aquilo que fica como dádiva para com os outros. Os outros que amamos, os outros com quem nos cruzamos e os outros que ficam de longe a olhar para estas nossas invenções.
Posso ir contigo? Vá lá...
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