Regressar ao quotidiano. Ao tempo comum.
Viver-me a mim como o centro. A mim como o fim e como o princípio.
Viver a esperança de mim.
Viver o vazio como forma de não-solidão. O vazio como espaço de recriação e de decisão de mim própria; no sossego e na liberdade, quem escolho ser? Quando vir a vida e o concreto, os princípios serão tornados concretos?
A ausência de estímulo externo é o tempo e o espaço ideal para a recriação interior.
Lutar contra a solidão, contra a falta de objectivos imediatos. Contra a falta de objectivos concretos.
A ausência é o vazio que pode ser delícia. O vazio para existir. Para sonhar e para idealizar.
A ausência. Que neguei, que não quis. Que me fez desesperar durante anos.
A ausência, que agora abraço tanto como a presença.
Sou livre, que mais posso fazer senão abraçar a minha vida e as suas flutuações?
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