Será que devemos confiar no nosso primeiro instinto quando conhecemos pessoas? Quando alguém nos retrai, há-que empreender uma cruzada interna contra o sentimento não-perfeito? Contra o sentimento de não-atracção? De vem-aí-problema? Numa primeira fase da minha curta vida segui o que sentia. Fui irreverente e ousada nas minhas relações humanas. Confrontei, desafiei, provoquei. Sofri? Alcancei menos os objectivos? Fui menos completa? Sabia que éramos todos o mesmo, todos perfeitos, amados e válidos? Mais tarde, com a percepção egoísta e empreendedora, veio a outra ousadia. Ousei ser para todos por igual. Ser com todos por igual. Quando sentia afinidade ou não. Considerei todos válidos. E todos tão merecedores de alcançar os seus sonhos como eu. E ofereci minha vida em prol disso. Mas sei hoje que fui assim por medo. E hoje não sei qual sou mais. Ou qual sou melhor. Ou onde me sinto mais unificada, mais coerente com a minha substância íntima.