Já há algum tempo que eu por este mundo ando. E nunca isto me tinha soado tão real e tão presente. Quando digo isto refiro-me às teias de relações, às movimentações que fazemos pelo tabuleiro dos amores e da vida. Eu sinto-me no tabuleiro daqueles jogos que têm uma imagem a ser composta, dividida em vários quadradinhos, e vamos ajustando quadrado a quadrado com vista à harmonia plena. Cada porção do puzzle vai moviemntando-se com o objectivo de chegar ao seu lugar, ao final da sua jornada. Cada pecinha sabe para onde vai (mesmo que só intimamente). Nem sempre sabe a forma de lá chegar. E cada uma segue a sua jornada. Por vezes aborrecemo-nos daquele baile orquestrado, mas meio desorganizado e tudo fica a meio. Algumas porções encontram a harmonia, contentes, sabendo que chegaram ao final e que aquele local é de longe o mais propício de todos para a sua realização. Outras pecinhas continuaram no local onde estavam, que por vezes é o adequado, mas outras, sem o saberem (por não conhecer...