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Mensagens

A mostrar mensagens de junho, 2007
Olá. Desculpem-me por vos estar a chatear com isto, mas é muito importante, LEIAM ATÉ FIM. Tenho um amigo, que alguns de voces conhecem, duma doença de fácil diagnóstico, mas de terapêutica dificil: é estúpido! Convivemos que sua pessoa e não sabemos o que fazer. Recentemente, segundo um estudo desenvolvido e aplicado pelos mais altos estudiosos, demonstrou-se que o remédio poderia ser bem simples: um valente par de estalos seguido de um pontapé no cu sempre que o doente disser uma idiotice. Parece, segundo o estudo, que ao fim de algum tempo surte claras melhorias. PS: Deixem-me só despedir-me com um beijo no meu querido pulo, que disse que não curtia conhecer uma galdéria que postasse tal informação. Não façam publicidade ao link, pode ser que ele nunca descubra as coisas espectaculares que eu sei. :D Beijo grande.

O buraco da aranha que não se deixava comer

O buraco da aranha, que não se deixava comer, era grande e tecido, com fios de seda e de amor. Se o buraco fosse maior, mesmo que não acessível, será mais apetecível. Ou talvez não. O buraco da aranha, que não se deixava ver (mas que comia) estava no cimo do monte, na casaca da árvore, à vista de quem por lá ia. Ou talvez não. O buraco da casa da aranha era maior do que ela o queria. Por excesso de uso ou por monotonia, a casa ia abaixo e o que estava la dentro não mais se via. Ou talvez não. Se se visse o que por lá dentro ia, com medo se fugiria. Tanto temor, tanta clemência (e falta de paciência) assustou o rapaz, montado em sabe Deus o quê, pegou nas patinhas e fugiu. E o buraco da aranha, pergunta você? O buraco da aranha. Esse, pobre coitado. De todos e de nenhum, pobre donzela sem fios de seda nem de amor para sua casa tecer, repousa, feita moribunda, por entre fios descavacados à espera de menos entraves.
O meu plano de estudo começa na segunda-feira. Estes dias tenho estado a divertir-me a sentir o que é trabalhar muito e empenho. Tenho fomentado no meu coração a vontade de conseguir. Sinto muito presente o apelo a conseguir. Estou já a mobilizar-me nesse sentido. 2ªfeira Tecido epitelial, sistema urinário, órgãos endócrinos, sistema reprodutor masculino, sistema reprodutor feminino 3ªfeira Formação embrionária do coração, formação embrionária do sistema digestivo, formação embrionária do sistema respiratório 5ªfeira Padrões citoquímicos, tecido conjunctivo, pele e anexos, sistema respiratório 6ªfeira Cartilagem, osso, tecido muscular, formação do sistema endócrino e formação do sistema urinário Sábado Formação do sistema reprodutor masculino e feminino, tecido adiposo, sistema digestivo Domingo Sangue, hematopoiese, sistema cardiovascular, placenta, fertilização, implantação
o "rapaz" foi «assustado»
"Não vou estragar a minha vida só porque te apetece" Não sou quem fui, nem sou quem serei. Sou aquilo que me apetece. De todos os pontos de vista, deixo-me guiar pela intuição e nesse intuito sou feliz. A superioridade mina-me e arruina-me. Decapita minhas capacidades. Sinto-me ao vosso lado meus amigos. Para vocês. Não vos olho de lado, nem de frente. Não vos olho. Temo-vos. Sinto medo daquilo a que me possam sujeitar, os pedidos que possam querer fazer, os assuntos sobre os quais perguntam. Falta de segurança. O concreto ao qual me agarro e me foge. Sabem amigos, no fundo ando a precisar de distância. Ando a precisar de ver todos estes momentos e todas estas frases de longe. Com os meus olhos. Sobretudo ando a desejar a minha paz. Eu sou uma tipa sossegada e ando a ser esfrangalhada, repuxada e baloiçada para os outros lados. Deixem-me ficar no centro. No centro das minhas atenções. Sobretudo porque não estrago a vida a ninguém. Minha sensibilidade e minha intuição que ouço...
Não sei se sei. Se soube. Ou se algum dia saberei. Ficaram palavras por dizer. E as que foram ditas perderam-se sem significado. As dúvidas permanecem em aberto. Desisto de tentar perceber. Talvez não tenha que perceber. Mas concedo-te a minha confiança. Por todas as memórias. Memórias onde me perdi. Memórias a que me agarrei. Minhas. Tuas. Nossas. A corda já há muito que fora cortada. Estendeste-me outra. Fina. Ténua. Suficiente para não me deixar cair. Insuficiente para me puxar. Sigo em paz. Sem exigências. Sem expectativas. Sem mágoas. Livre de todas as amarras prossigo expectante. Sorrio-te.
Os dramas de ontem que me minam. Tudo o que magoou e fez sofrer e que eu amarrotei e joguei para o lixo. Revejo agora perante mim o lixo que produzi e não incinerei. As lágrimas caem e cedem à tentação de serem fortes e de conseguirem fazer frente. O coração não cede, as minhas palavras não amansam. Muito medo. Muito susto. Limiar do pânico. Aumento cardíaco, taquipneia, hipocapnia. Tudo regressa perante os olhos, perante a lente aumentadora das lágrimas. Tudo se faz presente, como se o ciclo se completasse. Eu queria um ciclo aberto, uma espiral de ascenção. Rever as angústias semelhantes, ao longe, de forma superior ao que tinham sido. Assim se desfaz o mistério, afinal todos sofremos de fobia das situações não incineradas. Paixão, é o que me falta. Malditos exames.

Como me manter viva?

Um grito de desespero. Um sorriso esquecido. Um olhar perdido. Corro. Paro. Olho. Espero. Como me manter viva? Que voz devo ouvir? Que voz devo seguir? Cada vez falas mais alto. Cada vez mais vozes se juntam. Todas contra Ti. Todas contra Mim. Como me manter viva? Novos caminhos se abriram. Mas todos neguei. Novos caminhos se descobriram. E todos recusei. E agora, como me manter viva? Preciso de mudar. Recuso-me a mudar. Eis a minha dicotomia. Ando neste turbilhão de dúvidas e dissabores. E é então que peço ao Pai que me desculpe e me ajude. Tão somente porque não sei o que faça. Dispo-me de todas as vontades e esperanças. Entrego-me às novas aventuranças.