Procuro fechar os olhos. O cansaço, mesmo que muito, não dá lugar ao sono. As pálpebras pesam, mas não se fecham. É tão dificil adormecer... Nem mesmo a mais vulgar das novelas me distrai. Somente um dos pecados me satisfaz. O mais inofensivo, mas o que mais temo. De longe nada se nota. De perto pouco se vê. Somente reclamas a falta de paciência. Desculpo-me... sabendo que tens razão. De ti, não sei o que esperar. Pareces-me tão familiar, mas ao mesmo tempo tão estranho. Estás tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe. Vejo-me estagnada, mas prestes a recomeçar. Como se das duas vontades que se confrontam, uma esteja prestes a vencer. Talvez seja esta visão fruto do meu desejo de novidade.. tão somente novidade.. Deixo-me abater pelo cansaço. Aguardo por uma outra realidade ou simplesmente uma realidade mais esclarecida. Acredita que nada está claro para mim.. Fecho os olhos. As lágrimas não caem, até elas me abandonaram... Adormeço..