É o querer amar e não ter espaço. O querer partilhar e escolher mais do mesmo, que, não funcionando, é o pouco que se tem. É o medinho. Medinho odioso de deixar pa trás o que não funciona. Saber que o que se teve não funcionou e o que se tem não é 100% deveria ser suficiente pa "let go". "It's ok to let go". Não há problema. Não criticarão por deixar pa trás. Criticamo-nos mais nós a nós, cá dentro, por nos contentarmos com a mediocridade. Não há problema em deixar para trás. A acentuação está no modo como é feito. Hoje e sempre. E se nos insurgíssemos contra a mediocridade das nossas vidas e não chorássemos a perda do trambolho? Como o caracol, que viaja e viaja e viaja sem sentir falta, destemido, lentamente continua a sua viagem. Não nos contentemos com a mediocridade da paragem e da espera. Por favor. O vazio é só uma ilusao.