O tempo, de uma forma única e sem que eu consiga descrver tal fenómeno, insiste em passar por nós. E, mesmo que deixando as suas marcas, continua a nos abraçar infinitamente. Quando olho para o futuro, sinto que não farei um par formal e demarcado com ninguém que tenha até agora chegado à minha vida. No entanto, consigo imaginar-me feliz num Lar de Idosos rodeada com aqueles que já me existem. Hoje, os meus amigos são uma massa heterogénea de seres amorosos, que compreendem o altruísmo como sinal de Vida, que sabem corrigir os seus erros, que se amam a si próprios e que sabem que são graciosos. As minhas amizades ajudam-me, enquanto o tempo passa por mim, com as suas marcas e os seus abraços, a Ser sempre mais EU. Confiam em mim como confiam em vocês. Aceitam os vossos desvarios como aceitam os meus. São sinceros comigo como são com vocês. São benvindos ao meu mundo. E penso em vocês quando me imagino, velhinha, num balouço à beira-mar, a escrver poemas acerca da vida que já foi e das ...