Jeux d'enfants (2003)

Um filme ridículo.
Não digo absurdo, porque é um filme sensato, um filme real.
Um filme que me dá razão quando sinto que, passe o tempo que passar, há pessoas com quem sentimos SEMPRE o mesmo carinho, vez após vez, situação após situação.

Um filme que não pode senão partir, certamente, do real que existe. Não fossem todas as expressões infantis que me fazem sorrir, ai! as minhas memórias de infância! tão fáceis de revisitar. Toda a decoração da Escola Primária. Os exercícios. Os modos. As expressões em francês. O francês infantil. Como eu o conheço! Como ele me abraça!

Um filme que me faz sentir que tudo o que se sente e que nos diz "FAZ FAZ" pode valer a pena. Antes fazer do que ficar-se quieto.

Um filme que mostra que OUSAR é suficiente para mover o mundo.

E aquele final é brilhante. Um final de filme brilhante. Para ambos os gostos. A mim faz-me falta saber que há longa vida por diante.

Faz-me falta saber que as circunstâncias exteriores não interessam, desde que haja a vontade. Move-os a vontade de se superarem, a si próprios. Move-os também a vontade de corresponder à expectativa, que é coisa que esquecemos de oferecer aos outros, expectativas mais altas do que aparentemente mereceriam.

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