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 Sei o que é estar desanimada. E se ver o desânimo que se instala, como se as baterias acabassem.

Alimento-me do meu sonho. E alimento-me de saber que, como estão as coisas, não vou conseguir.

O silêncio. O silêncio é essencial. E respeito-o quando estou bem.

Sonhas muito. E enquanto sonhas e enquanto alimentas o nada de concreto, gastas-te e gastas energia que não investes no proveitoso. Saberes que és capaz basta-te. Até que chega a frustração do facto de não o seres. És o melhor e capaz de tudo, apenas na tua cabeça. Vês uma realidade desfocada. Investe em ti. Investe naquilo que te importa. Investe. Dedica-te.

O carinho, a amizade que recebes devem ser concretizados. Até lá não se sabe com  o que contas. E não deves idealizar aquilo que não vês e que não sabes. Porque te consome e te retira a possibilidade de agir sobre.

Tenta lembrar-te daquilo que sentias e daquilo que vivias naquele tempo. Tenta colocar-te novamente no tempo de actividade física que te preenchia. Como era a gratificação pessoal? Como era ultrapassada a angústia e o tempo difícil?

Não tenho paciência para gente que não me consegue ver como alguém íntegro e merecedor de toda a sua vida e de todo o seu respeito. Não ter paciência significa preferir não ter essas pessoas por perto do que as ter segundo a sua vontade, por muito úteis e muito boas à minha vida que sejam.

Tu és bonita e agradável, porque te martirizas tanto em considerações depreciativas sobre ti própria? Porque te julgas com mais intensidade do que os outros o fazem?

Tem que haver aqui um compromisso. Um marco de "Sim, é por aqui que quero caminhar conscientemente."

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