__Sonoridades_Momentâneas__

Sinto-me tranquila, descansada. Hoje só dormi 5h. E para isso tive que faltar às aulas. A minha mãe telefonou vezes sem conta para todos os telefones do meu quarto e nenhum foi bom o suficiente para me despertar, tal era o profundo do meu sonho. Entrou a minha irmã de rompante pelo quarto para atender e me acordar. Estive ao telefone com a mãe, 5min. Virei-me para o lado a pensar na aula de ECG que sei que é maravilhosa e que estive a perder. E deixei-me adormecer feliz, por haver uma aula de ECG maravilhosa. E por haver um professor dedicado e sensato como aquele. Acordei 1h30 depois. Satisfeita, cheia de vontade de continuar pelo mundo, a fazer o que faço e a pensar o que penso. Hoje, pareceu-me, ia ser um dia glorioso. Tranquilamente glorioso. Por isso, hoje estou calma e tranquila.

Fiquei com o coração cheio de amargo. Não gostei. Não sou parva. Sei escolher, sei ver e percebo. Não me irritem.

Eu sonho, e sonho e sonho. E sonho mais, continuamente. Sonho comigo. Sonho contigo. Sonho connosco, à parte. Sonho com a vida, sonho com as vidas. Sonho com o tempo, com o vento, com o frio. Sonho com o descanso. Acima de tudo, sonho com o descanso. Aquele estado de ser que decorre de descansar da multidão. A multidão ambígua. A multidão que me fortalece. E a multidão que me mina, que me corrói e abala. Por tudo, sonho, sonho, sonho, sonho. E descanso. Descanso daquilo que se tornou concreto. Tornei concreto sem esforço, mas com energia. Vivo em energia, boa, energia de saúde, de amor, de poder com, de paixão. Vivo apaixonada, acima de tudo apaixonada por mim, com tudo o que sou (mesmo as minhas falhas grosseiras). Vivo com energia. E mesmo que isso não seja decorrente de esforço, gasta-se e fico cansada. Estou cansada. Ñão é aborrecida, é cansada.

No que é que pensas, pequenina, quando andas pelo mundo? No que é que te guias para saberes que a tua direcção é A TUA direcção? Como fazes tu para negar o que negas e não te sentires terrível? Porque negas o que negas? Dizer que sim é sempre sempre tão mais fácil, tão mais a jeito. E digo que não, reiteradamente. E isso aperta-me o coração. Diria até que estou a sofrer. Eu acho que eu confiava. E confiei. E estou a ser agarrada e não sei se quero. Mas há um mundo onde tudo gosta de ser agarrado. Serei de outro mundo? Ou estarei apenas com a cabeça noutro planeta? Uma coisa eu sei: agora sou livre e nem tentem agarrar-me que eu juro que mordo e enveneno.

Se uma gaivota viesse trazer-me o ceu de Lisboa no desenho que fizesse, nesse ceu onde o olhar e uma asa que nao voa, esmorece e cai no mar. Que perfeito coracao no meu peito bateria, meu amor na tua mao, nessa mao onde cabia perfeito o meu coracao. Se um portugues marinheiro, dos sete mares andarilho, fosse quem sabe o primeiro a contar-me o que inventasse, se um olhar de novo brilho no meu olhar se enlacasse. Que perfeito coracao no meu peito bateria, meu amor na tua mao, nessa mao onde cabia perfeito o meu coracao. Se ao dizer adeus a vida as aves todas do ceu, me dessem na despedida o teu olhar derradeiro, esse olhar que era seu teu, amor que foste o primeiro. Que perfeito coracao no meu peito morreria, meu amor na tua mao, nessa mao onde perfeito bateu o meu coracao.

Let it die and get out of my mind We don't see eye to eye Or hear ear to ear Don't you wish that we could forget that kiss ? And see this for what it is That we're not in love The saddest part of a broken heart Isn't the ending so much as the start It was hard to tell just how I felt To not recognize myself I started to fade away And after all it won't take long to fall in love Now I know what I don't want I learned that with you The saddest part of a broken heart Isn't the ending so much as the start The tragedy starts from the very first spark Losing your mind for the sake of your heart The saddest part of a broken heart Isn't the ending so much as the start Ouçam! Vale a pena! Tão puro! Tão genuíno!

sinto-me tão fo. sinto-me tão passada. sinto-me tão tão aqui às voltas, sem sair do mesmo lugar emocional ou fisicamente. e tive um episódio de epistáxis. coisa que eu não tinha desde que era criança. aborrece-me.

Enviei-lhe aquele parágrafo do teu email que falava do que vejo nele e dele. Respondeu-me que não estava à espera, que ficou surpreendido e que nunca tinha pensado em si como sendo o que eu descrevia. Estivemos a conversar. Eu já tinha saudades! Tantas! (mas não lho disse) Há pessoas que nos respeitam e nos fazem felizes vez após vez, passe o tempo que passar! Eu devo-lhe esta felicidade! Aquela que tenho todos os dias (mesmo que não seja visível). Aparecerão certamente, de onde não esperas, maravilhas para a tua vida. Porque apareceram a mim (que não fiz nada para isso senão correr segundo o que me apetecia) hão de aparecer a todos. Se isto não é confiança, o que é então?

Arranjar-se é gozar do seu próprio poder para se satisfazer o sonho. O sonho de parecer. Hoje estou cansada, não há arranjos.

Hoje, apetece-me escrever-te outra vez. Hoje, apetece-me dizer-te aquilo que não sei se diria pessoalmente. Hoje, apetece-me explicar porque acho que tudo isto é tão importante. A magia é importante pela novidade de onde emerge. Eu sinto que trago a novidade a uma terra seca. Eu, com o meu sorriso sincero. Eu, com a minha vida cândida. Eu, com toda a minha esperança. Eu, com a liberdade que tenho e de que disfruto. Eu, com todo o futuro encantador cheio de promessas. Eu. Eu, partindo de uma linha de base de desgraça, abraçando um ser de luz e de esperança, cuja vida me consolava, reedifiquei a minha vida, de ponta a ponta. Desloquei-me totalmente daquilo de que eu não sentia apego, mas que andava a viver havia já vários anos. E fiz, em papel, uma lista de coisas nas quais eu estava interessada em ter na minha vida. Percebi, igualmente, que trabalhamos para um fim. E desfrutamos desse trabalho e desse fim. Mas, mesmo quando tudo corre bem, começamos a ficar tristitos novamente. Mas i...

Eu podia não achar piada, mas acho. Falar-se depreciativamente do meu blog. Tem a sua piada, tanto mais vindo de quem vem. Aqui não faço senão expor-me a mim, o que vivo e o que sinto. De facto, há blogs que usam das piadas divertidas dele. Ou blogs que usam de notícias para existirem. Este não. Este vive de mim e do que eu sinto. É um local de recolhimento, de encerramento, de descaramento. Não escrevo nada de interessante para ninguém, a não ser que procurem ver o que ando a sentir ou o que me apetece dizer do que sinto. A minha amiguinha dizia-me que era preciso muita coragem para me expor como o faço. Mas eu não tenho nada a esconder. E mais do que isso, quem descer tão profundo nos sentimentos, de certeza que há-de encontrar semelhante ao que encontro. Somos todos iguais, mesmo que superficialmente insuportáveis. O mal de muita gente é que bebem e ficam com a percepção toldada. Se visse o estado em que estava, certamente que me teria visto a mim com outros olhos, literalmente. Ten...

É como se as horas passassem e o sentimento continuasse. Eu juro que escrevi para ti, mas não sei se não gosto do que está escrito, se não tenho coragem de to dar ou se prefiro fazer-me de rogada. O que é certo é que não tenho disso para ti hoje. E não é por isso que deixo de me amar como sou.

eu gostava que aquilo que me prepraro para fazer fosse óbvio. eu gostava de sentir tão real e tão verdadeiro o meu gesto como o meu sentimento. mas, com o tempo, tudo se difunde e se espande. e se espalha, não fosse o amor hoje como o vento no braseiro.