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Há instantes em que tudo aquilo que existe em mim e me apetece proclamar se resume muito simplesmente a isto,à vida que ouso fazer fuir de mim para qualquer outra coisa. Mesmo que essa outra coisa que elogio, à qual presto homenagem seja invisivel.Apercebo-me muitas vezes que tal como essa presença de Deus vos pode parecer invisivel, também eu vos posso parecer invisivel e distante. Porque lá muito no fundo de todos, só somos uma presença escalercida para os outros, quando confiamos que não tem problema os outros nãoo verem nada de especial em nós.
Somente quando sinto que não tenho presença relativa na tua vida eu me dedico a sê-lo. Poqque só assim existe liberdade de uma para a outra, existe um fluir natural de atenção de ti para mim, existe a não-expectativa. Já imaginaste como te sentirias se não pudesses dizer algo porque sabias antecipadamente que provocaria um efeito não desejado?Claro que sabes... Claro que sabes.. Afinal, não consigo ser tão transparente como poderia querer ser, nem posso ser tão inevitavelmente liberdade para ti.
Mas Jesus foi livre, até morrer. Não sei muito bem quem Jesus é, nem aquiilo que verdadeiramente foi, por isso reservo-me o direito expresso de fazer as minhas considerações acerca dele. Se todos fazem, porque não o posso eu fazer?
Apercebi-me este Páscoa disso mesmo, que as pessoas iam construindo Jesus o Cristo à sua profunda imagem, tal como elas gostariam de ser, assim seria Jesus.
Será isos amorpor Jesus? Amor por si próprio? Ou adoração cega a uma entidade? Proemto mais sobre o mesmo..
Espera-me agorinha memso encontro com antiga catequista.. ;)

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