Resta dele, no entanto, alguns vestígios, algumas marcas.
Compreendi, por uma fracção de tempo que a vida deixa saudades, mesmo dos mais ridiculos pormenores. Compreendi que o medo de que algo falhe é assumir que podem ocorrer falhas e que a confiança sincera de que tudo pode correr bem não é alcançada mentalmente. Nisso só Deus me ajuda. Lamento não me dedicar à sua essência mais nesta minha viagem pela vida.
Confio que esta jornada trabalhosa ajudou minha alma a fixar-se por aqui, a presentear-se com um esforço adicional para se amar, para se sentar calminha a pensar, a rezar, a pedir que seja posssível viver e pensar em alegrias não-mortíferas.
Não posso acreditar que esta vida se resuma de agora em diante a apenas este vestígio de alegria, a este vestígio de presença divina. Naquele instante senti que o inteiro mundo se dedicou a amar. Amar eu, a amar-se a ele em mim.
Era também esse vestígio que anseei sentir, a presença de alguém que procurasse sentir-se feliz através de mim, e não somente pela minha presença ou pelas minhas atitudes.
Prometo, do fundo deste coraçãozinho, amar e perdoar-me por me insuflar este sofrimento.
Deixo-te, a ti, vento invisivel e insensível o meu coração, na esperança que o alivies, que o protejas e ames.
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