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Eu, antagonicamente revelada


Ufinha!
E assim prosseguem as nossas vidas, assim andamos a correr de uma multidão fóbica para um mundonum pseudo-auge.
Corro apressada dum lugar para o outro sem me sentir plenamente integrada em nenhum deles. Movimento-me apaixonadamente por esta vida numa tentaiva plena d eintegração, de paixão real, de amor puro e completo pela vida e pela morte do real que me rodeia.
Faço-me caminhar pela angústia na ânsia de encntrar algo que já experienciei, mas que nao encontro dessa forma! Que chatice! Porque nãpo me sinto eu em todos os lugares por onde passo! Porque não percebo eu os mundos que se completam e se emarenham à minha volta, roçando-me e penetrando em mim como se fosse um passador furado?
Eu sou um amor apaixonado por tudo isto! Onde foi tudo isto? Onde me terei perdido?
Eu diria que a sensação de desespero é como ter metade da vontade para nos reestabelecer na nossa vontade plena. Mas agora, nem vontade, nem desepero real, nem alterações.
Passam-se as semanas, passam-se os tempos e as pessoas e nao sinto modificações. Não amplifica aquilo que de bom procuro fazer chegar a mim! Não sinto que me apeteça comunicar com seres mais encorajados que eu. Não me entenderia com eles. Mas também me aborrece ouvir pessimistas orgulhosos.!
Não sou mais eu. Que frase tão estupida! Que coisa mais idiota!
Mas a sensaçãoqueme preenche demasiadas vezes é essa! Porque estará minha alma feliz agora, com tudo o que a minha vida me tem trazido, e a minha mente tão desligada isso? No fundo eu sei que é disso que se trata.. de um desfasamento entre as sensações reais e as provocadas.
A oração preenche-me. Os meus momentos sozinha, sossegada levam ao bem estar. Mas por outro lado, como que para preencher esta visão antagónica, não procuro esses instantes. Deixo-me levar pelo soutros. Acredito sempre qu enao me posso impor, e chego a este cúmulo; nem sou eu para eles, nem sou eu para mim.
Talvez se trate apenas disso.. fazer surgir mais vezes na minha relação com os outros a minha vontade de espírito, mover-me mais em torno do meu eixo feliz do que torcer o eixo feliz (tornando-o infeliz) para contentar os outros.
Sim, talvez seja apenas esse o lapso.
Porque serei eu assim falsa para mim mesma? Eu já ter descoberto isto haver muito tempo.. Mas eu nunca ter muita vontade de mudar as coisas.. eu já estar aborrecida de me queixar.. eu ter começado a dizer que tudo bem! Mas isso não ser verdade! e meu coração não gostar de mentir! Mas.. meu coração nao saber mais o que sentir.
Eu gosto da vida. E começo, pouco a pouco, a ter esperanças que um dia, qualquer que seja, voltarei a olhar para todas estas vidas e todos estes emaranhados de forma natural.. superficial e profunda. Acrdito que no momento em que minha alma o desejar profundamente estarei pronta a quebrar comigo e a começar tudo como sempre soube que devia ser.. mas nunca me atrevi a fazê-lo.
Até lá, procuro-te.. Beijo carinhoso, Lénise.

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