«26 de Setembro
Ontem, ao receber a tua carta, lembrei-me do nosso último passeio nos bosques que rodeiam a casa. Tive de insistir, lembras-te? Tu terias preferido ficar sentada na relva. "Estou triste", dizias, "sinto-me cansada de mais para dar um passo." Mesmo assim, saímos. Para uma simples conversa, a relva ou uma poltrona servem perfeitamente, mas, se os pensamentos são muitos e as emoções ainda mais, mais vale caminhar. Caminhar ajuda-nos a ver tudo mais claro, a sentir com maior nitidez.
O ar ainda estava fresco, os campos estavam verdes, cheios de flores, os ramos dos castanheiros já começavam a florir. Caminhámos durante algum tempo de silêncio, mas, mal chegámos à sombra do bosque, paraste e soltaste um suspiro. "Já não aguento mais." Olhaste em redor com um ar confuso. "Mas que sentido tem tudo isto?"»
Ontem, ao receber a tua carta, lembrei-me do nosso último passeio nos bosques que rodeiam a casa. Tive de insistir, lembras-te? Tu terias preferido ficar sentada na relva. "Estou triste", dizias, "sinto-me cansada de mais para dar um passo." Mesmo assim, saímos. Para uma simples conversa, a relva ou uma poltrona servem perfeitamente, mas, se os pensamentos são muitos e as emoções ainda mais, mais vale caminhar. Caminhar ajuda-nos a ver tudo mais claro, a sentir com maior nitidez.
O ar ainda estava fresco, os campos estavam verdes, cheios de flores, os ramos dos castanheiros já começavam a florir. Caminhámos durante algum tempo de silêncio, mas, mal chegámos à sombra do bosque, paraste e soltaste um suspiro. "Já não aguento mais." Olhaste em redor com um ar confuso. "Mas que sentido tem tudo isto?"»
"O Fogo e o Vento"
Susana Tamaro
Ontem à noite, no meio da minha confusão (que veio apoderar-se da clareza de ideias) deparei-me com este texto. Um livro que li, há já algum tempo, mas ao qual gosto de regressar.
Pareceu-me um diálogo de mim para mim; como se uma parte de mim soubesse para onde se dirigir e outra estivesse parada. Cometi outra vez o mesmo erro. Ser, não para mim, mas para fora. Uma espécie de take-away.. já estou pronta e espero apenas por ti, se nao fizeres de mim o que espero, desespero..
E assim ando eu. Sem mim. A consolar-me. "Ooooh lenise! Por amor de ti própria! Não estás a pensar seriamente nisso pois não? Mas nós tinhamos combinado que iamos la! Agora já não vais porque não tens apoio? Tu não és essa galinha! Com'on (como diria a outra)!"
Às vezes até me pergunto se não serei esquizofrénica, para me consolar assim com tanta dedicação! =D
Susana Tamaro
Ontem à noite, no meio da minha confusão (que veio apoderar-se da clareza de ideias) deparei-me com este texto. Um livro que li, há já algum tempo, mas ao qual gosto de regressar.
Pareceu-me um diálogo de mim para mim; como se uma parte de mim soubesse para onde se dirigir e outra estivesse parada. Cometi outra vez o mesmo erro. Ser, não para mim, mas para fora. Uma espécie de take-away.. já estou pronta e espero apenas por ti, se nao fizeres de mim o que espero, desespero..
E assim ando eu. Sem mim. A consolar-me. "Ooooh lenise! Por amor de ti própria! Não estás a pensar seriamente nisso pois não? Mas nós tinhamos combinado que iamos la! Agora já não vais porque não tens apoio? Tu não és essa galinha! Com'on (como diria a outra)!"
Às vezes até me pergunto se não serei esquizofrénica, para me consolar assim com tanta dedicação! =D
palavras para quê?! nao sei o k dizer...
ResponderEliminarpk o k li parece simplesmente a minha imagem kd me olho ao espelho, um reflexo perfeito!
somos assim e continuaremos a sê-lo...
bjinhu gande pa tih**
"para me consolar assim com tanta dedicação!"
ResponderEliminargostei, esa libido..
=D