Apetece-me mudar o meu quarto.
Chego da civilização à província e encontro os meus cacos do passado. As pequenas e insignificantes coisas que por ali prosperam como cogumelos. Parece a casa de uma avó. Milhentos biblots à mostra e nos armários para o caso de um dia querer recordar.
E recordo agora, enquanto coloco num saco de plástico bem escolhido para servir de memorial final, pela última vez, os sonhos que todos estes objectos me alimentaram. "Um dia terei", "um dia farei". Acho que chegou a hora.
Agora, não só imagino como procuro concretizar. Vou renovar o quarto, pintar uns quadros, pintar umas paredes, espalhar uns biblots-reis e -rainhas. Algo imponente.
Será o meu outro quarto. Sofisticado e sossegado. Como eu.
Chego da civilização à província e encontro os meus cacos do passado. As pequenas e insignificantes coisas que por ali prosperam como cogumelos. Parece a casa de uma avó. Milhentos biblots à mostra e nos armários para o caso de um dia querer recordar.
E recordo agora, enquanto coloco num saco de plástico bem escolhido para servir de memorial final, pela última vez, os sonhos que todos estes objectos me alimentaram. "Um dia terei", "um dia farei". Acho que chegou a hora.
Agora, não só imagino como procuro concretizar. Vou renovar o quarto, pintar uns quadros, pintar umas paredes, espalhar uns biblots-reis e -rainhas. Algo imponente.
Será o meu outro quarto. Sofisticado e sossegado. Como eu.
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