Que bem me saberia poder ser um pastelinho de nata.
O pastelinho de nata.
Duro por fora, mas apenas o essencial para não se desfazer em cremes e deleites ao primeiro calor. Huum, que delícia.
O pastelinho de nata.
Que cremoso e saboroso no seu recheio, que carinho, que deleite. Quanta ternura no seu recheio, docinho e mimosinho. O pastelinho da nata.
O pastelinho, abandonado. À mercê de desejos, de ímpetos, de gulas. O pastelinho que eu seria, pousada, como quem nunca teria feito mais nada, numa prateleira, frigorífica.
Controlo de qualidade apertado. Quantidade da procura? Qualidade da oferta?
Como me saberia bem ser um pastelinho de nata. Ligeiramente açúcarado. Amante de todos os dias. Paixão escondida, mas profunda. Sonhos que emergem, que fluem, que movem.
A independência do pastelinho de nata.
A liberdade de pensamento do pastelinho de nata.
Saberá ele pensar noutra coisa do que naquilo para o qual se preparou tão arduamente?
"Quando chegar a horar da empatia, saboreia a canela, como quem a escolheu para ti o vai fazer"
"Quando te corroerem, sente no teu âmego o mesmo prazer de quem contigo se delicia"
"Quando..."
"Quando..."
Saberá o pastelinho de nata viver sem ser na prateleira? Ser saboreado? Ser mastigado? Ser deglutido? Destruído? Ser rejeitado?
Se eu pudesse ser pastelinho de nata, tiraria prova dos nove. Que doce seria.
Não o sendo, vou saboreá-lo. Até ao meu fim.
O pastelinho de nata.
Duro por fora, mas apenas o essencial para não se desfazer em cremes e deleites ao primeiro calor. Huum, que delícia.
O pastelinho de nata.
Que cremoso e saboroso no seu recheio, que carinho, que deleite. Quanta ternura no seu recheio, docinho e mimosinho. O pastelinho da nata.
O pastelinho, abandonado. À mercê de desejos, de ímpetos, de gulas. O pastelinho que eu seria, pousada, como quem nunca teria feito mais nada, numa prateleira, frigorífica.
Controlo de qualidade apertado. Quantidade da procura? Qualidade da oferta?
Como me saberia bem ser um pastelinho de nata. Ligeiramente açúcarado. Amante de todos os dias. Paixão escondida, mas profunda. Sonhos que emergem, que fluem, que movem.
A independência do pastelinho de nata.
A liberdade de pensamento do pastelinho de nata.
Saberá ele pensar noutra coisa do que naquilo para o qual se preparou tão arduamente?
"Quando chegar a horar da empatia, saboreia a canela, como quem a escolheu para ti o vai fazer"
"Quando te corroerem, sente no teu âmego o mesmo prazer de quem contigo se delicia"
"Quando..."
"Quando..."
Saberá o pastelinho de nata viver sem ser na prateleira? Ser saboreado? Ser mastigado? Ser deglutido? Destruído? Ser rejeitado?
Se eu pudesse ser pastelinho de nata, tiraria prova dos nove. Que doce seria.
Não o sendo, vou saboreá-lo. Até ao meu fim.
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