Desespero por ver a paixão oculta no teu coração. Por saber que me amas tanto como todos os outros dias e não me vens ver.
Desespero a ponto nunca antes vistos, custo a escrever. Custo a pensar. Não choro a rir desde antes de quando fecunda. Não me lembro de eu. Não gosto da escola. Não gosto de comer. Antes morrer do que ser abraçada por esta indiferença.
Às vezes penso apenas no 8ºandar em que moro, mas isso seria escolher esta casa como última imagem
Às vezes penso no talher do IKEA, mas isso seria sentir em mim aquilo que os teus músculos fizeram.
às vezes. Outras vezes não penso, não durmo, não como, não rezo, não espero.
Afinal.
Afinal havia outra. Outra eu. Antes morrer que não te ver. Antes morrer que haver o vazio no tlm. Antes morrer que saber que não prestei, que fui amante secreta de má qualidade.
Mas, já sei o que vou fazer. Vou escrever como se o eu não fosse eu, como se o vento não fosse eu e como se a vida que tenho não fosse eu.
Não que eu conheça o que não sou. Mas agora que conheço o que sou, possso não ser o que não sou com convicção. Vou morrer-me.
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