"Does anyone stays long enough to find out what the hell goes on your head?..."
"You! Kid! Up! It's all right... [abraço]"
"- Hello?
- Yes...
- I brought you these flowers... to say thank you...
- Put them over there, on the sink!"
E nos dias seguintes ele volta. Toma banho em casa dela, porque se sujou com o carvão dela. E ela, com o dobro da sua idade, espera-o à saída, numa nudez planeada e cheia de sabor para ambos. Seguem-se as cenas de erotismo místico. E depois as cenas de desespero, de impulsos e do calar o que se viveu.
Segue-se a vergonha. E a morte. Acima de tudo a morte de um sonho, que ganha vida quando é contado. Porque o que viveram foi subtilmente grandioso, em ambos, embora se esperasse e se quisesse tanto mais...
Para mim, é um filme sobre a tentação.
Um filme sobre o desespero. Um filme sobre a sinceridade e a confiança.
Um filme a propósito do coração que vê no outro para além daquilo que os olhos vêem.
Para mim, é um filme assente sobre o silêncio, um filme sem palavras.
Um filme sobre o amor. Sobre a esperança. Sobre a paixão. Sobre o presente sem futuro. Sobre o futuro que sonha com o passado. Um filme que me fala do tempo.
Um filme sobre o desperdício de amor que trancamos em nós. Um filme sobre o medo e aquilo que fazemos com ele. Um filme sobre o vazio. O vazio. O vazio. Preenchido.
Para mim.
Para mim é um filme de palavras escolhidas e sabidas. Um filme de leitores, de personagens, de rodopios onde não os queríamos. Para mim. É um filme de sentimento mútuo que não é explicável.
Para mim. Este filme não é um filme, é um estado de ser, que temo.
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