Tenho saudades de ver abraços fraternos.
Tenho saudades de sentir abraços.
Amo-te e não te tenho agora ao meu lado para te abraçar. Tenho saudades tuas. Mais do que ter saudades de quem me ajudas a ser, hoje tive saudades tuas.
Continuo a sentir-me abandonada pelo mundo. E não me parece que isso vá mudar. O mundo só é quente se nós o formos. O mundo é predominantemente frio. Este último mês, cerca de 600 000 pessoas perderam o emprego nos EUA. Este mundo é frio.
E há os abraços. Ontem abracei pertinho de mim um anjo vestido de vermelho, com umas galochas de plástico vermelhas lindas. Ontem abracei o capuchinho vermelho. Com muita força. Porque o capuchinho vermelho estava sensível e eu sou sensível e fiquei sensibilizada.
Finalmente tenho sono a horas decentes. Não sei se é sono se é tédio do cabrão do meu dia. Não fiz nada para além de passear os meus olhos pelo mundo e as pernas pela casa. Aquele fazer fazer de estudante, não fiz nada. Mas o meu cérebro não parou (como parou noutras ocasiões). Ampliei-me. Fui Eu. Fui amorosa. Fui deliciosa (em vez de magnífica).
Mas mesmo assim, não estou satisfeita. Tenho saudades tuas, perto de mim. Tenho saudades tuas. Nem te tenho, nem te vou ter. E o conceito de abandono martiriza-me. Esqueci-me do significado de confiar. E choro. Queria os meus abraços, por que eu declaro que mereço.
E como me soube bem aquele abraço... Não imaginas! Como valeu a pena nao seguir direitinha para casa e fazer aquela paragem!
ResponderEliminarObrigada:-)