Há quem não queira nada de nós e com quem podemos ser sinceros ao extremo, sem medo.
Estou mesmo feliz. Montes de hormonas de satisfação a correrem-me pelo corpo.
O dia, até agora, correu-me bem.
Quando estava a sair do Centro de Congressos, vinda de um rastreio de HTA e DM (II) no qual estava a participar ( =D ), encontrei um casal alemão do mais (...) que havia conhecido. Depois de olhar para o senhor (que vim a saber que era Bancário na Alemanha, que viajava para a UK e os EUA com a queridissima e inteligente esposa, que conhece melhor que eu o Algarve e os seus campos de golf) e de compreender que ele queria falar comigo a propósito do mapa (eu que estava, tal como ele na paragem de autocarro), sorri-lhe com empatia e ele começou a falar-me.
Onde ficava Praça da figueira?
Como é que ia para a linha azul?
Se eu tambem ia para a Linha Azul, porque é que não tinha apanhado o 714?
Eu também tinha estado no Marriott ontem?
Eu sabia porque tinham estado lá tantos carros de diplomatas?
Merck farmacêutica, conheço?
Laranjeiras? É das laranjas! Diga lá outra vez essa palavra em portugues!
É do Algarve?
Ah, é de França. A minha esposa estudou francês, para dar aulas.
Não, porque o meu marido é bancário e entretanto preferiu trabalhar mais no inglês.
Sintra? S-s-in-trrá? Ah, ok. Romantic atmosphere? Ooooh! Palácio de Sssintrrá.
É mesmo uma pena não nos encontrarmos mais.
Vamos pensar muito em si em Sintra.
(Diálogo de mais de meia-hora. Em english. Ao longo da bela Baixa de Lisboa.)
Quentinho no coração. Amor no meu coração. Amor gratuito no meu coração. Dar-me sem haver nada em troca. Aliás, o que é que me poderia ser dado em troca de melhor do que isto? Ver-me, saber-me, sentir-me capaz de ser maravilhosa.
Fiquei a sorrir. Fiquei feliz.
Hoje de manhã, sozinha no autocarro, eu reflectia que gostava de poder aquecer o coração de pessoas que verei apenas uma ou outra vez. Que gosto que possam ter na memória que há pessoas boas e gratuitas. E que é possível sentirmo-nos bem. E que há quem não queira nada e com quem podemos ser sinceros ao extremo, sem medo.
É bonito, não é? Quando não estamos à espera. Quando nos dão, deixam a 'oferta' e se vão embora sem pedir nada.
ResponderEliminar:)
beijinho *
Ó lady Cat! O teu texto (no teu blog) está delicioso! Mas eu não consigo lá deixar comentários!
ResponderEliminarNão consegues? Oh! Se calhar estão desactivados.. Vou ver disso agora, obrigado! :)
ResponderEliminar(Se não voltasse aqui, ficava sem saber) **