Avançar para o conteúdo principal

Considerações Finais

Findo o trabalho, resta-me agradecer a oportunidade que que me foi dada de poder, de forma livre e consciente, contactar com uma parturiente, assistir ao parto e seguir o recém-nascido. Acompanhar o bailado que é tudo isto.
Para a realização do presente trabalho tive que consultar algum suporte teórico, para me assegurar que não cometia erros técnicos e que compreendia aquilo que se me afigurava! Foi, por isso também, uma enorme fonte de aprendizagem para os meus conhecimentos de Pediatria! Espero sinceramente que tenha correspondido ao que se pretendia e que seja de agradável leitura!
Para o fim do fim, quero apresentar uma publicidade que a Coca-cola lançou muindialmente há uns meses, também a propósito do clima de crise econónima e algum receio da Gripe A. Os cartazes (e o anúncio publicitário) diziam diziam algo do género “O que dirias a alguém que nascesse agora?”. Eu, frequentadora de transportes públicos, via esses cartazes em Lisboa várias vezes por semana e reflectia a esse propósito. Reflectia que o mundo global pode não estar já como o queremos, pode não estar já no nosso nível do óptimo, mas permite-nos assim trabalhar para o sentirmos a melhorar. Reflectia que isso não seria grande problema para o bebé, que haveria de ter a protecção e a bênção de seus pais. Reflectia que, quem já viu passar muito mundo, como o senhor idoso do cartaz, sabe que o mais importante é o mundo que não se vê mas que se sente; que o mais importante é o que conseguirmos, dança após dança, baile após baile!
Depois de tanta pesquisa e de tanto trabalho da minha parte, confio que o bailado da bebé Leonor começou de forma muito elegante e querida por seus pais e demais familiares. Confio que assim deverá continuar mais uns anos, até que se levante a cortina e a bailarina vá, por sua vez, esperar (agora no papel de mãe) e aplaudir um outro bailado!

Comentários

  1. Ao recordar a beleza e dom da vida, entristeço-me com as leis que apoiam a morte do feto.

    ResponderEliminar
  2. Parabéns. Louvado seja Deus pelo dom da tua vida. Que ela dê muitos e bons frutos.

    ResponderEliminar
  3. oh meu deus lenise! onde estavas tu, knd eu estava a tentar escrever as minhas conclusoes do trabalho???? adorei!

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

O Primeiro Amor - Miguel Esteves Cardoso

É fácil saber se um amor é o primeiro amor ou não. Se admite que possa ser o primeiro, é porque não é, o primeiro amor só pode parecer o último amor. É o único amor, o máximo amor, o irrepetível e incrível e antes morrer que ter outro amor. Não há outro amor. O primeiro amor ocupa o amor todo. Miguel Esteves Cardoso – Os Meus Problemas (1988)

Avolia - Porque sonhar às vezes custa

Está mais do que visto, na minha vida, que este expôr e re-expôr que se deve fazer O QUE APETECE não é à medida do meu mundo. Estas últimas semanas de avolia foram o expoente disso. Há estadios intermédios nos quais o que apetece é o nada. E o nada, agora, não me leva onde eu quero. Quando me concentro com muita muita força, re-sinto como sendo meus aqueles projectos, sonhos, devaneios nos quais já não acreditava. Não acreditar. Não apetecer. Clinicamente, chamamos-lhes desesperança e avolia . Caracterizam, entre outros, o estado de não-querer-ser . Não-se-querer-conhecer-no-expoente-máximo . Mesmo havendo réstias do querer, não conseguir. É o não ver razões para. Então, aquilo que apetece fica-se pelo medíocre . E depois fica-se pelo nada . E ir atrás do que apetece é menos do que o óptimo. Por isso, nem tudo nem nada. Vejo, agora, que é importante haver planos e disciplina. Vejo, agora, que é importante manter-se efectivado a directivas a cumprir. Mesmo que não apeteça, houve um dia

Vontade de Morrer

Tenho vontade de morrer. Última vontade de desaparecer no mundo. Fusão com o Outro, que corre além de mim. Ser aquilo que sou em suspiro. Suspirar, e ser já, antes da prova, aquilo que sou. Vontade de morrer para, ultimamente, ser. Não ser arrastada ou obrigada ou limitada. Ser. Igual a mim, no infinito. Sem lágrimas, sem dor, sem sofrimentos. Ser. Com o Tudo de Tudo, no mundo do infinito sem igual. Morrer para ser.

Que nunca ninguém diga a outro que não é capaz!

"Que nunca ninguém diga a outro que não é capaz. Que nunca diga o que pode ou não pode fazer, do que é ou não é capaz. Ninguém sabe o que vai dentro das paredes, ninguém sabe o que corre nas artérias, a que velocidade, com que fúria, com que dor. Ninguém sabe nada senão de si mesmo, e muito bom é quando se sabe de si mesmo, quanto mais pensar saber dos outros. Impor limites ao seu semelhante é est ender-lhe dores e frustrações próprias, é projectar nos outros os nossos próprios receios, é achar que se eu não consigo, se eu tenho este problema, então também tu, por muito que queiras, os terás. Se eu não sou capaz, tu também não. Se a mim custa, a ti custará mil. Tristes profecias. Todas de desgraça. A experiência não é transmissível. Sabe quem vive. Sabe de si. A experiência dos outros é outra vida. Não é a nossa."

mais Amar e Servir

Jesus, será que a minha vida é orientada para Ti? Para mais Te amar e servir? Ao serviço de quem amo? Ao serviço da humanidade que acarinho? Aquilo que faço é para o meu ego, para o dinheiro, para a vida rica e com pouco trabalho? Ou aquilo que faço é orientado para Ti? Eu amo a vida. Eu amo sentir que estou Orientada para e por Ti. E perco-me. E sorrio no mundo leve e célere e pressionante e que quer sempre mais. Eu quero mais e mais. E não olho para quem sou. E a Ti regresso. Contigo me sento. A Ti entrego o meu dia. Para mais Te amar e servir.

Recomeça se puderes

Sísifo Recomeça... Se puderes Sem angústia E sem pressa. E os passos que deres, Nesse caminho duro Do futuro Dá-os em liberdade. Enquanto não alcances Não descanses. De nenhum fruto queiras só metade. E, nunca saciado, Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar. Sempre a sonhar e vendo O logro da aventura. És homem, não te esqueças! Só é tua a loucura Onde, com lucidez, te reconheças... Miguel Torga  TORGA, M., Diário XIII.

Princípio e Fundamento. A Indiferença Inaciana.

“ O homem foi criado para louvar, reverenciar e servir a Deus Nosso Senhor, e assim salvar a sua alma; e as outras coisas sobre a face da terra são criadas para o Homem, para que o ajudem a conseguir o fim para que é criado. Donde se segue que há de usar delas tanto quanto o ajudem a atingir o seu fim e há de privar-se delas tanto quanto dele o afastem.  Pelo que é necessário tornar-nos indiferentes a respeito de todas as coisas criadas em tudo aquilo que depende da escolha do nosso livre-arbítrio, e não lhe é proibido.” in Princípio e Fundamento, Santo Inácio de Loyola A indiferença Inaciana não convida ao desapego como finalidade, mas à direcção dos nossos apegos, conforme nos aproximam ou afastam de Deus. O que me inquieta? O que me traz paz?  O que identifico que vem do mundo? E o que vem de Deus?  O que me frustra? O que me realiza? O ser interior superficial é sempre mais ruidoso e exigente, está ao nível dos nossos desejos mais imediatos e que atrapalham m