Mafalda Veiga e Tiago Bettencourt. Balançar.
Deixa-me estar contigo. Deixa-me sentir-te, só mais um tempo.
Deixa-me saber da tua força, rasgada, corrompida.
Deixa-me ser morta ao teu lado.
Deixa-me estar.
Ou afasta-te. Finalmente afasta-te. Com grandeza, com podridão, com sabedoria.
Deixa-me ser eu. Deixa-me aceitar-me como sou, pequenina. Agora, sim.
Não é mais a grandeza que quero. Não é mais o melhor, nem o mais, nem o pouco-mau que procuro. É a terra. É o centro. É a certeza.
Enfrentar o falso que criei e que amei. Enfrentar o não-ser que fui.
Compreender-me.
Amar-me.
Não muito, mas na terra.
Aquela onde estou, aquela que tenho.
Comentários
Enviar um comentário