Às vezes sinto quase que não tenho liberdade de escrever aqui.
E escondo-me em diários. Mas não é tão legítimo.
Há coisas que quero gritar ao mundo, mais do que apenas saber que as sei.
Quero poder gritar ao mundo que me sinto mal quando não faço as coisas.
Quero gritar que não gosto de não ter estendido a roupa.
Não gosto de não ter lavado a louça.
Não gosto de já ter o quarto desarrumado.
Não gosto de não beber mais água.
Não gosto que o álcool me deixe tão cansada. De hoje em diante não há excitações ou episódios maníacos enquanto estiver alcoolizada. Não basta já ter o campo de visão reduzido senão sobreesforçar-me na potência da alegria.
Alegria tenho na constância da vida, na regularidade do mundo, nas gargalhadas que me conhecem de todos os dias.
Alegria tenho no meu passado, nas minhas dores, nas minhas lutas. Em todas a minhas pequenas vitórias.
Alegria tenho em ter-vos na minha vida.
Alegria tenho nas tatuagens que me foram deixando. Nas vezes que estiveram. Que me repreenderam, que me ensinaram, que me corrigiram.
Alegria não é rir de tanto álcool. Ou de tanta palhaçada.
Alegria é estar onde se está e saber que é isso que procurámos.
Alegria é o prémio, depois da luta.
Alegria é sinceridade, confiança, visão de futuro.
Alegria é fechar os olhos e ouvir música. Mesmo quando se é somente alucinação.
Saber onde se está, para que se é.
O resto é delírio, é passageiro e turva-nos a visão.
E escondo-me em diários. Mas não é tão legítimo.
Há coisas que quero gritar ao mundo, mais do que apenas saber que as sei.
Quero poder gritar ao mundo que me sinto mal quando não faço as coisas.
Quero gritar que não gosto de não ter estendido a roupa.
Não gosto de não ter lavado a louça.
Não gosto de já ter o quarto desarrumado.
Não gosto de não beber mais água.
Não gosto que o álcool me deixe tão cansada. De hoje em diante não há excitações ou episódios maníacos enquanto estiver alcoolizada. Não basta já ter o campo de visão reduzido senão sobreesforçar-me na potência da alegria.
Alegria tenho na constância da vida, na regularidade do mundo, nas gargalhadas que me conhecem de todos os dias.
Alegria tenho no meu passado, nas minhas dores, nas minhas lutas. Em todas a minhas pequenas vitórias.
Alegria tenho em ter-vos na minha vida.
Alegria tenho nas tatuagens que me foram deixando. Nas vezes que estiveram. Que me repreenderam, que me ensinaram, que me corrigiram.
Alegria não é rir de tanto álcool. Ou de tanta palhaçada.
Alegria é estar onde se está e saber que é isso que procurámos.
Alegria é o prémio, depois da luta.
Alegria é sinceridade, confiança, visão de futuro.
Alegria é fechar os olhos e ouvir música. Mesmo quando se é somente alucinação.
Saber onde se está, para que se é.
O resto é delírio, é passageiro e turva-nos a visão.
Comentários
Enviar um comentário