Não há dúvida de que este incómodo é causado pela frieza com que me tratam no meu emprego.
Se por um lado recebo carinho dos meus pares, os superiores são superiores em tudo. Até na mesquinhez.
Propõem-me esta semana que medite sobre compaixão em vez de competição.
Que medite sobre o facto de o outro ser em tudo semelhante a mim, na sua fraqueza e na sua mesquinhez. Hoje, na minha dor e na minha angústia, procuro em sinceridade sentir os momentos de mesquinhez que tenho e que tive.
E é libertador.
Colocar aquelas vacas no mesmo pasto que eu. Comer do mesmo que elas.
Leva-me a compreender, pela comparação e pelas semelhanças, aquilo que elas poderão estar a sentir quando fazem o que fazem ou dizem o que dizem.
De longe, o que menos gosto é a maneira como olham. Dão vontade de não se existir sequer.
Se eu o fiz a alguém, se alguém o sentiu vindo de mim, foi sem querer.
Eu estava ocupada no meu mundo. Elas certamente que o estão também.
Procuro libertação.
Transportar ansiedade não é agradável.
Transportar memórias comichosas não é agradável.
Liberta-me. Compaixão em vez de competição.
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