As comadres reúnem.
As putas das comadres que não têm coragem, sequer, de reconhecer o que biologicamente sentem. Aquelas comadres que têm emoções (emoções são coisas físicas, biológicas, relacionadas com pensamentos) e que não as reconhecem.
As comadres não existem em elas mesmo. As comadres reúnem e nem na sua imaginação fodem.
As comadres não existem na realidade própria. Falta-lhes os tomates. Falta-lhes o desprendimento.
As comadres sentem a energia que deixo fluir na minha vida. As comadres sentem a nova liberdade que vivo e na qual existo. As comadres sentem e sentam-se e perguntam-se. E querem saber. E fico enojada.
Porque as putas das comadres vivem as suas vidas platónicas nas suas cabeças e não saem para o mundo real. As comadres têm medo de serem tocadas pelas línguas dos outros segundo o modo como as suas línguas tocam a minha vida.
Pura a minha vida, a minha liberdade, as minhas escolhas.
Venham a mim, suas putas que nem fodem. Venham a mim, suas línguas faladoras da vida alheia, que tudo querem saber de mim, para prosseguirem falando.
"Quem tudo quer saber, nada se lhe diz!", e assim ficarão. Assim ficarão.
Sou livre. De corpo, de alma, de inibições da sociedade. Aquelas que vos bloqueiam o concreto e que vos fazem lamber com línguas sujas a minha verdade, a minha vida, a minha pureza e liberdade feliz.
Pouco podem repreender de imoral, de ilegal, de javardo.
Eu, sincera, desprendida, sonhadora, concreta.
Eu, aos vossos pés, pisada, enlameada pelas vossas línguas sujas, comadres inibidas.
Falem. Hoje não tenho medo.
Penso o que faço e faço o que penso.
E faço muito fora do esperado.
E apadrinho muito fora do esperado.
Mas não falho àqueles que confiam em mim. E não falo daqueles que confiam em mim.
E posso falar de vocês assim, porque eu não falo de outros. Evito, ao extremo.
Quem me apanha a falar de outros? Ou a criticar?
Só temos uma vida, uma liberdade, uma oportunidade.
Sejamos fiéis a nós mesmos. Sejamos livres e felizes aos nossos anseios. Cada um tem os seus. Cada um tem as suas fases de vida.
Comadres faladoras, putas que não vivem a vida para não existirem na realidade dos outros.
Venham a mim. Hei-de vos deixar a roerem-se. Hão-de comer-se para se chegarem a mim. Mas tentem, que eu fico com prazer a ver-vos sem vida, sem emoções e sem concreto, para além do meu (que ouso).
Rameira disfarçada de Beata... Ou Beata disfarçada de Rameira? Na dúvida, Meretriz.
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