À Superfície, nada mais importa. Dormir, desistir e morrer para o mundo.
Eu não sei o que é importante. À superfície, assim de repente, sem reflectir.
Torno importante satisfazer o urgente, o mundo do sensível. Apenas isso consola os meus olhos.
E tudo o resto? E todo o outro mundo?
Estou exausta.
Pedem-me que continue a exercitar a mesma parte de mim, de forma consistente.
Pedem-me que hipertrofie as minhas capacidades cognitivas, de dedicação ao teórico, ao estudo, à aprendizagem.
Pedem-me. E é nisso que me empenho para chegar mais longe, no resultado deste exame.
Mas, essa é a minha vertente exercitada ao longo destes anos, destes meses, destas semanas. Essa é a minha vertente oferecida ao mundo, oferecida ao Universo, oferecida, gratuitamente a quem quisesse vir comigo.
E daqui a uma semana: tudo isto acaba.... Tudo isto acabou.... Vai ficar a vontade e o arrependimento de não ter feito mais? Que infortúnio se eu me vir nessa situação outra vez...!
E, então, agarro-me a tudo o que tenho, a tudo o que conheço, a tudo o que alguma vez conheci para me re-colocar a estudar para este exame. Mesmo quando já não dá mais, estou a super-esforçar-me...
Em nome do arrependimento que quero não-ter daqui a uma semana.
Em nome do esforço que mereço.
Em nome de ter sido completamente dedicada e sacrificada a isto.
Eu, aqui completamente entregue, despojada, desanimada, mas empenhada.
Já estou despojada de tudo, já me falta tudo... mas, o meu íntimo impede-me de parar...!
Ajoelho-me a vocês. Ajoelho-me a Ti.
Por favor, não me deixem. Apoiem-me.
Estou exausta e à superfície tendo a sentir que nada disto importa mais. O que não está em conformidade com o que sinto, bem sabem.
Estou exausta, por favor, apoiem-me.
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