Trabalhar não me assusta, mas fazer parte de organizações e de estruturas desregradas e desestruturadas assusta-me. Movida pela minha vontade de avanço, de progresso, de descoberta mais célere e mais credível, torno-me, não raras vezes, a orientadora e a líder daquilo em que me meto.
Não tendo qualquer importância os pequenos trabalhos aos quais me entrego, torno-os no centro do meu quotidiano racional e emocional. É neles que me refugio e onde me recrio.
E quando se trata de trabalhar e de dominar áreas confusas, o meu grau de dificuldade na adaptação e na motivação aumenta.
Agora é-me pedido que aprenda, que interprete, que critique, que avalie e que escreva sobre um tema, uma área e métodos que me são completamente alheios. Por muito versátil que eu queira ser e tornar-me, dominar estes assuntos é uma tarefa que demora mais do que um mês. Até porque durante este mês há questões que preciso mesmo de resolver (a minha parte do trabalho, que aos outros é alheia). Preciso, assim, de fazer e compreender a minha parte e uma parte que transcende os meus conhecimentos e as minhas habilitações.
Gosto de aprender outros assuntos, mas não posso cair na tentação de mergulhar nesse fosso antes de terminar a minha parte do trabalho. Claríssimo como a água.
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