Fico nervosa, ansiosa, confusa com toda esta situação.
Pedir a tantas portas, mexer com tantas pessoas e tantas decisões.
E, depois, ainda a vergonha da má opinião que se gera nos outros. A vergonha da má opinião que os outros ganham. Os desvios da normalidade que pretendo assumir.
Tudo isto aconteceu porque o meu entusiasmo foi para além de toda a sensatez. Aquele entusiasmo que já conheço de mim própria. Aquele entusiasmo que me impele, mas que me repele daquilo que é sério. Não é com este entusiasmo constrangedor e incapacitante que alcanço a vida.
"O bem-estar geral era notório. Podia-se reconhecer no grupo a presença de duas qualidades que evidenciam a total ausência de ansiedade: o equilíbrio, a mente atenta ao momento presente e a espontaneidade amorosa.
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Um corpo equilibrado sabe lidar tanto com as situações de ameaça como as de repouso. Mas infelizmente a maioria de nós perdeu esta habilidade porque vive em constante estresse! Quando há um desequilíbrio emocional, até mesmo o simples contato com o novo ou com situações inesperadas já é suficiente para gerar ansiedade.
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A ansiedade aumenta na medida em que surgem exigências conflitantes e paradoxais. Isto é, quando queremos e não queremos uma mesma coisa ao mesmo tempo! Por exemplo, às vezes queremos muito fazer algo, mas acabamos por ficar ansiosos ao querer fazê-lo de modo muito perfeito. Devido ao medo de errar, nos sentimos incapazes de agir e acabamos por perder nossa vontade inicial. Assim, já não queremos mais realizar o que gostaríamos de fazer tão bem feito... A ansiedade nos rouba o prazer da realização.
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A ansiedade surge à medida que alimentamos suposições que antecedem o futuro. Sejam boas ou más, as fantasias nos impedem de lidar com a realidade: na imaginação perdemos a habilidade de lidar com o tempo real dos acontecimentos. Desta forma, sofremos antes do tempo ou idealizamos a felicidade como o milho pendurado na frente do burro que o estimula a não parar de andar! Ter consciência de nosso próprio ato imaginário pode, por si só, nos ajudar a superar a ansiedade.
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Segundo pesquisas médicas, uma pessoa poderá ter uma tendência maior para a ansiedade quando houver uma predisposição genética em sua família. Nestes casos as manifestações podem ser bastante precoces: nota-se desde cedo que a criança é hiperativa, chora com facilidade e tem dificuldade para dormir. Uma criança ansiosa tem mais dificuldade de incorporar situações novas ou de lidar com o desconhecido. Afinal, o conhecido sempre traz a sensação de segurança e controle."
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