A vida corre e passa por nós.
E é difícil ficar indiferente a tanto movimento.
É difícil não se ser afetado pelas escolhas dos outros, pela vidas que os muda e que os leva.
É difícil não darmos por nós sozinhos porque os demais voaram segundo os seus sonhos, para o bem e para o mal.
A vida corre e passa por nós, enquanto suspiramos e encolhemos os braços.
Fico em paz sonhando e imaginando e revivendo. A minha cabeça o meu mundo. Tão solta e livre quanto a imaginação mo permite.
E o salto? E o concreto?
É preciso energia para saltar.
É preciso força para aterrar.
E mais coragem ainda é necessária para se manter firme no propósito.
Sabem, estive meses sem avançar na vida. Passou o tempo do calendário e nada se mexeu intimamente. Estagnação, porque a vida exterior me deixou presa e destruída. Não foi bom. Foi doloroso.
Massacre aos meus sentimentos, à minha dignidade, à minha expectativa, à minha construção mental daquilo que deveria ser umas normais férias em família.
Por vezes há eventos intensos e dolorosos, marcantes, que vêm alterar a perspectiva completa do futuro. O massacre do presente, num evento único, distorceu a minha esperança em receber amor e ser amada e valorizada no futuro.
Até que assentemos, vemos que o mundo não mudou durante a nossa ausência de consciência, e retomamos caminhos.
Afinal, continuamos a querer ir para o mesmo sítio, com a mesma Companhia. Em Ti coloco os meus olhos, em Ti espero pela Vida.
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