Quando penso em mim e numa espécie de egocentrismo, não o sinto como sinal de pouca entrega aos outros.
É uma forma de tomar o tempo para pensar em mim, preocupar-me comigo. Acreditar que estou equilibrada e à altura de qualquer outra coisa que o exterior possa precisar.
Pensar em mim e falar de mim, reiteradamente. Preciso de saber e sentir que estou adequada às necessidades do exterior. Sinto a dúvida.
Se procurar viver à imagem de Deus, eu existo para servir e reverenciar, e ser sinal de mais vida.
Não posso existir centrada em mim própria e apenas para viver-me a mim própria. Mas ouso pensar em mim. E sei que procuro os outros e que, não raras vezes, espelho neles alguns afogamentos emocionais meus. É um defeito e um traço de feitio.
Respeito-me assim, sei que durante muito deste tempo em que mentalmente estava destruída era necessário falar de mim aos outros e procurar sentir as suas opiniões.
Saber quem eu era, nas atitudes concretas.
E agora?
Agora que me sinto num novo equilíbrio, num novo rumo, numa nova coragem, quero saber de ti, que passas pela minha vida.
Quero saber de ti, sem espelhos.
Quero saber de ti sem projeções de quem sou ou de quem não sou.
Posso ter essa coragem? Haverá essa coragem em mim?
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